As duas últimas companhias de Óleo e Gás a abrirem capital no Brasil, a 3R Petroleum (RRRP3) e a Petrorecôncavo (RECV3), seguem aumentando suas produções dos campos maduros adquiridos da Petrobras (PETR3/PETR4).
Ambas as companhias têm se aproveitado do plano de desinvestimento da gigante estatal, incorporando estes ativos irrelevantes e custosos para o porte da Petrobras, implementando um plano de recuperação dos campos e extraindo mais petróleo e gás com uma eficiência alta.
Embora seja pequena demais para a Petrobras, para companhias menores, o volume de produção potencial destes campos maduros é o suficiente para gerar retornos bilionários e relevantes para os seus resultados.
A Petrorecôncavo e 3R operam em modelos de negócios similares, com ativos compostos majoritariamente de campos terrestres e águas rasas.
Ademais, ambas as empresas obtiveram um crescimento de mais de 20% de volume em seus principais ativos, de acordo com dados divulgados de junho que, combinado com a alta forte dos preços do petróleo em 12 meses, impulsionaram fortemente a cotação de suas ações pós IPO (Oferta Pública Inicial, em português).
E Eu Com Isso?
O momento parece muito favorável para as pequenas produtoras atuantes no Brasil, sobretudo para estas duas empresas citadas e para a Petrorio (PRIO3), que vem crescendo em um ritmo alucinante também.
Ainda enxergamos um momento favorável para as ações das menores petroleiras no Brasil (RRRP3, RECV3, PRIO3), que não sofrem com a pressão e risco político como a Petrobras.
A alta da produção vem acompanhada de melhor produtividade e, principalmente no caso da 3R (RRRP3), ainda há uma avenida forte de crescimento, dado os campos adquiridos recentemente, ainda finalizando o processo de efetivação da transação e incorporação na sua produção de fato, e também a entrada na produção de águas profundas da 3R.
Os preços do petróleo no mercado mundial estão mais estáveis, com um leve viés de alta.
Isso decorre de a Opep + ter decidido pelo aumento gradual da produção, porém ainda em ritmo insuficiente para equilibrar a retomada da demanda mundial pela commodity no pós-pandemia.
A dependência do petróleo ainda é elevada. Além disso, o crescimento econômico da Índia, que tem a segunda maior população mundial, segue forte. O país acaba de anunciar que sua maior refinaria irá aumentar a capacidade de produção em cerca de 30%.
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