XP Inc. – Levante Ideias de Investimentos https://levanteideias.com.br Recomendações, análises e carteiras de investimentos para maiores rentabilidades. Wed, 13 Oct 2021 13:27:50 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.1.1 https://levanteideias.com.br/wp-content/uploads/2018/02/cropped-avatar_lvnt-32x32.png XP Inc. – Levante Ideias de Investimentos https://levanteideias.com.br 32 32 XP Inc divulga prévia operacional https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/xp-inc-divulga-previa-operacional https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/xp-inc-divulga-previa-operacional#respond Wed, 13 Oct 2021 12:50:23 +0000 https://levanteideias.com.br/?p=31869 A XP Inc (XP/XPBR31) apresentou nesta terça-feira (12) a prévia operacional do 3T21. Os números vieram bons em termos de expansão da carteira de crédito e de captação líquida de ativos. Apesar disso, as ações “XP” recuaram na sessão da Nasdaq. A companhia fechou o trimestre com R$ 8,6 bilhões na sua carteira de crédito,… Read More »XP Inc divulga prévia operacional

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A XP Inc (XP/XPBR31) apresentou nesta terça-feira (12) a prévia operacional do 3T21. Os números vieram bons em termos de expansão da carteira de crédito e de captação líquida de ativos. Apesar disso, as ações “XP” recuaram na sessão da Nasdaq.

A companhia fechou o trimestre com R$ 8,6 bilhões na sua carteira de crédito, crescimento de 122% na comparação anual. A inadimplência superior a 90 dias segue virtualmente igual a 0%. O volume transacionado pelos cartões de crédito foi de R$ 3,3 bilhões, crescimento de 55% na comparação trimestral. 

Ademais, a companhia fechou o trimestre com R$ 789 bilhões em ativos sob custódia, queda de 3 em relação ao 2T21.

Além disso, a captação líquida ajustada até foi positiva: 37 bilhões, ou seja, média mensal superior aos 10 bilhões. Contudo, o desempenho fraco do mercado remarcou o volume sob custódia para baixo.

O total de clientes aumentou em 5%, alcançando a marca de 3,3 milhões. Também houve uma adição bruta de 1.188 AAIs no trimestre, mesmo patamar do 2T21.

E Eu Com Isso?

A prévia operacional da XP veio sólida e muito boa, mantendo a companhia na sua trajetória de crescimento. O resultado completo do 3T21 deve confirmar o bom momento operacional da companhia.

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Leia também: Acionistas do Itaú recebem BDRs da XP.

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Resultados da XP do 2T21 https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/resultados-da-xp-do-2t21 https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/resultados-da-xp-do-2t21#respond Wed, 04 Aug 2021 12:49:15 +0000 https://levanteideias.com.br/?p=29393 A XP Inc (XP) apresentou, nesta terça-feira (03), após o fechamento do mercado, os seus resultados do segundo trimestre de 2021. A companhia já havia divulgado em sua prévia operacional os principais indicadores do trimestre, o que deveria tornar o resultado mais previsível, ainda assim, acreditamos que os números vieram acima das expectativas, especialmente em… Read More »Resultados da XP do 2T21

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A XP Inc (XP) apresentou, nesta terça-feira (03), após o fechamento do mercado, os seus resultados do segundo trimestre de 2021.

A companhia já havia divulgado em sua prévia operacional os principais indicadores do trimestre, o que deveria tornar o resultado mais previsível, ainda assim, acreditamos que os números vieram acima das expectativas, especialmente em termos de Ebitda, lucro líquido e margens.

Entre os principais destaques estão o crescimento de 57% na receita líquida em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, atingindo R$ 3,2 bilhões de reais no 2T21.

Além disso, o Ebitda ajustado da companhia atingiu R$ 1,24 bilhão no trimestre, representando um crescimento de 77% em relação ao 2T20.

A margem operacional fechou o período em 41,3%, expansão de 4,6 pontos percentuais.

O varejo – responsável por 77% da receita líquida total – cresceu 66%, mantendo as taxas de comissão (take rate) dos últimos 12 meses estáveis em 1,3%.

Ademais, o maior destaque do resultado foi o crescimento de 83% no lucro líquido do trimestre em relação ao mesmo período de 2020, impulsionado também por uma alíquota de imposto anormalmente baixa (7,1%).

E Eu Com Isso?

Os números apresentados foram bons, com lucro líquido e margens acima das expectativas do mercado.

Acreditamos em um impacto positivo no preço das ações (XP na Nasdaq) no curto prazo.

A companhia vem mostrando sua capacidade de expansão de margem, crescendo suas receitas em um ritmo muito acima de seus custos, caraterística típica de empresas de tecnologia. 

O aumento da rentabilidade no curto prazo é ainda mais impressionante quando consideramos o forte ritmo de contratação de funcionários nos últimos anos, com 115% de aumento no número de colaboradores desde o IPO no final de 2019.

Outro destaque no mix foi a receita do institucional, que vinha crescendo a taxas tímidas. O resultado foi beneficiado pelo aumento da receita vinda de renda fixa, beneficiada pela maior alocação no segmento com o aumento da taxa Selic no trimestre e com a expectativa de uma continuidade desse aumento até o final do ano.

Por outro lado, na nossa avaliação, o único destaque negativo foi o aumento na despesa com remuneração de ações (SBC) de 264%, totalizando R$ 147 milhões.

Porém, no 1T21 já havia sido comunicado o aumento em tal despesa, necessária para reter seus agentes autônomos, peças fundamentais na estratégia de crescimento de longo prazo.

Por fim, o NPS (Net Promoter Score) fechou o período em 76 pontos, 2 pontos acima do 1T21.

O NPS mede a satisfação dos clientes com o serviço prestado por determinada empresa e é especialmente importante para a companhia considerando sua estratégia de oferecer uma experiência para seus clientes superior aos grandes bancos.

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Leia também: Resultados do Itaú Unibanco (ITUB4) do 2T21.

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XP Inc (XP): Dados operacionais do 2T21 https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/xp-inc-xp-dados-operacionais-do-2t21 https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/xp-inc-xp-dados-operacionais-do-2t21#respond Fri, 16 Jul 2021 12:42:31 +0000 https://levanteideias.com.br/?p=27932 A XP Inc. (XP) anunciou nesta sexta-feira, antes da abertura dos mercados, os seus indicadores operacionais chave (KPIs) do segundo trimestre de 2021. Mais uma vez, os números vieram fortes e revelam que a companhia segue em trajetória de crescimento. A carteira de crédito alcançou o patamar de R$ 6,8 bilhões, crescimento de 43% ano… Read More »XP Inc (XP): Dados operacionais do 2T21

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A XP Inc. (XP) anunciou nesta sexta-feira, antes da abertura dos mercados, os seus indicadores operacionais chave (KPIs) do segundo trimestre de 2021.

Mais uma vez, os números vieram fortes e revelam que a companhia segue em trajetória de crescimento.

A carteira de crédito alcançou o patamar de R$ 6,8 bilhões, crescimento de 43% ano contra ano.

O risco da carteira segue baixo, com duration de cerca de 3,5 anos e taxa de crédito não produtiva de 0,0% (sem inadimplência).

O volume total de pagamentos via cartão de crédito foi de R$ 2,1 bilhões, crescimento expressivo superior a 300%.

Importante mencionar que foi o primeiro período completo após o lançamento oficial do seu cartão.

Investimentos: o total de ativos sob custódia chegou ao nível de R$ 817 bilhões, crescimento de 88% ano contra ano.

As adições líquidas no período foram de R$ 75 bilhões.

O número de clientes ativos aumentou 5% trimestre contra trimestre, chegando a 3,14 milhões.

O volume de trades médios diários no varejo caiu 18% contra o 1T21. O NPS – indicador de satisfação do cliente – ficou em 76 pontos.

E Eu Com Isso?

Os dados operacionais vieram fortes e acreditamos que as ações XP reagirão positivamente na sessão da Nasdaq desta sexta-feira (15).

Destaque especial para o crescimento dos ativos sob custódia alcançado por meio de uma adição líquida robusta (captação média de 25 bilhões por mês no período).

Os dados de crédito e de cartão ainda são incipientes e contam com uma base de comparação fraca, mas dão indícios de que poderão ser boas fontes de receita no médio prazo.

A queda no volume de trades médios diários no varejo não chega a assustar, pois trata-se de uma conjectura do mercado.

No 1T21 o volume de negociação foi extremamente alto e os futuros, instrumento muito utilizado para negociações de curto prazo, atingiu seus patamares recordes.

Acreditamos que os fundamentos de crescimento da XP seguem intactos há mais de um ano, sem fazer preço nas ações da companhia.

Para os próximos meses, possíveis catalisadores são a manutenção das taxas de comissão em níveis saudável (take rate) e a finalização do já aprovado spin-off do Itaú para formar a XPart, com provável incorporação da holding pela própria XP na sequência.

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Leia também: XP fecha acordo com Blue3.

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XP capta 750 milhões de dólares https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/xp-capta-750-milhoes-de-dolares https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/xp-capta-750-milhoes-de-dolares#respond Fri, 25 Jun 2021 13:02:14 +0000 https://levanteideias.com.br/?p=26958 A XP (XP:NASDAQ) concluiu nesta quinta (24) a captação de US$ 750 milhões com a emissão de seu primeiro título no mercado internacional de crédito, com vencimento em cinco anos. A dívida emitida teve seu “yield” de 3,5% ao ano, valor um pouco abaixo do esperado. Segundo fontes, a demanda pelo título ultrapassou os US$… Read More »XP capta 750 milhões de dólares

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A XP (XP:NASDAQ) concluiu nesta quinta (24) a captação de US$ 750 milhões com a emissão de seu primeiro título no mercado internacional de crédito, com vencimento em cinco anos.

A dívida emitida teve seu “yield” de 3,5% ao ano, valor um pouco abaixo do esperado.

Segundo fontes, a demanda pelo título ultrapassou os US$ 1,6 bilhão, mostrando a atratividade do título.

Apesar de ser uma empresa de capital aberto com tamanho relevante, a corretora ainda era desconhecida no mercado internacional de crédito e precisou fazer um trabalho de educação de investidores para esse tipo de modalidade.

E Eu Com Isso?

A notícia é positiva para a companhia, uma vez que mostra novos recursos para captação do dinheiro, além da diluição de sua base acionária.

A companhia vem crescendo de maneira forte ao longo dos últimos anos e investindo pesado, principalmente em tecnologia e na criação do seu próprio banco.

Com isso, esperamos impacto positivo nas ações (XP:NASDAQ) da companhia no curto-prazo.

A taxa na qual o título foi emitido está em linha com a da captação do principal concorrente, o BTG Pactual (BPAC11), que possui um título com vencimento em janeiro de 2026 com um yield de 3,4%.

Apesar de não especificar o uso do dinheiro captado, o mercado vem ficando de olho com o aumento dos esforços para a corretora conseguir manter sua liderança no mercado de agentes autônomos, implicando em aumento nos custos para retenção dos nomes mais relevantes do mercado.

Acreditamos que a XP irá usar esse dinheiro para acelerar a criação de novos produtos para seu banco digital e seus esforços na captação direta de clientes, sem intermédio de escritórios autônomos.

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Leia também: XP lança PIX em sua conta digital.

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Monte Bravo faz acordo com a XP https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/monte-bravo-faz-acordo-com-a-xp https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/monte-bravo-faz-acordo-com-a-xp#respond Fri, 04 Jun 2021 12:44:33 +0000 https://levanteideias.com.br/?p=25419 Após diversas especulações, com uma possível saída para o BTG Pactual (BPAC11), o maior escritório de agentes autônomos da XP, a Monte Bravo, chegou em um acordo para se tornar uma corretora sem sair da rede da XP (XP:NASDAQ). A nova corretora terá uma participação no capital social de 45% da XP e o restante… Read More »Monte Bravo faz acordo com a XP

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Após diversas especulações, com uma possível saída para o BTG Pactual (BPAC11), o maior escritório de agentes autônomos da XP, a Monte Bravo, chegou em um acordo para se tornar uma corretora sem sair da rede da XP (XP:NASDAQ).

A nova corretora terá uma participação no capital social de 45% da XP e o restante com a Monte Bravo.

Este é o segundo acordo nesses moldes. Na semana anterior, a companhia fechou um acordo semelhante com a Messen, outro grande escritório, com cerca de R$ 15 bilhões de ativos sob custódia.

Os grandes AAIs vem entrando em um movimento de virarem corretoras. Os escritórios EQI, Lifetime, Arton Advisors e Acqua-Vero fecharam acordos com o BTG, saindo da base da XP recentemente. A Monte Bravo marca o segundo movimento de grande porte de reação da XP.

A Monte Bravo é o maior escritório de AAI da XP, com 18 bilhões de ativos sob custódia. A XP divulgou um total de 719 bilhões no resultado de 1T21, incluindo clientes de captação direta e de sua ampla rede de AAI.

E Eu Com Isso?

Para a XP (XP:NASDAQ) a notícia é positiva. Embora fique a preocupação com o aumento dos custos para manter sua larga base de AAIs, também mostra a capacidade de reação da companhia a ameaça competitiva neste mercado. Esperamos impactos levemente positivos para as ações da companhia no curto-prazo.

Além da negociação com os escritórios, mais notícias quanto a participação do Itaú (ITUB4) devem ter impactos no preço das ações da companhia.

Enquanto a cisão dos 41,05% da XP, que o Itaú possui segue próxima a ser concluída, em evento para investidores, o Itaú anunciou que pretende exercer seu direito de compra de ações adicionais da companhia, cerca de 11,38% do capital social, em 2022.

Apesar de não ter interesse em ter participação direta, o acordo garante um múltiplo de 19 vezes lucro, enquanto as ações da companhia atualmente são negociadas a valores mais de 2 vezes maior, tornando o negócio muito bom para o banco, nem que seja para comprar e revender logo em seguida.

Acreditamos também que o movimento da transformação de grandes escritórios em corretoras está ganhando força e aos poucos vai mudando a dinâmica do mercado, colocando aos poucos as grandes corretoras como fornecedoras de tecnologia para esses escritórios.

Nesta quarta-feira (2), a XP encaminhou um comunicado ao mercado dando mais detalhes quanto a essa preocupação da saída de escritórios da sua rede, segundo a companhia, considerando todos os escritórios que entraram desde Janeiro de 2020, a companhia vem sendo capaz de reter cerca de 80% dos ativos que entram.

Além disso, a companhia vem conseguindo crescer em linha com o mercado, adicionando cada vez mais escritórios e mantendo sua liderança como corretora com mais agentes autônomos em sua rede.

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Leia também: Monte Bravo, maior AAI da XP quer criar corretora.

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XP contra-ataca e BTG lança follow-on https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/xp-contra-ataca-e-btg-lanca-follow-on https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/xp-contra-ataca-e-btg-lanca-follow-on#respond Mon, 31 May 2021 12:38:11 +0000 https://levanteideias.com.br/?p=25291 O mercado das corretoras continua aquecido. A XP (XP:NASDAQ) comunicou que chegou a um acordo com a Messen Investimentos, um dos maiores escritórios de agentes autônomos (AAI) em sua rede, para que a assessora se torne uma corretora. No acordo costurado pelas companhias, a Messen fica com os 50,1 por cento da nova empresa e… Read More »XP contra-ataca e BTG lança follow-on

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O mercado das corretoras continua aquecido. A XP (XP:NASDAQ) comunicou que chegou a um acordo com a Messen Investimentos, um dos maiores escritórios de agentes autônomos (AAI) em sua rede, para que a assessora se torne uma corretora. No acordo costurado pelas companhias, a Messen fica com os 50,1 por cento da nova empresa e a XP terá os 49,9 por cento restantes.

Atualmente, a Messen conta com 15 bilhões de reais sob gestão em sua base com mais de 30 mil clientes. A companhia vem conseguindo captar cerca de 500 milhões de reais por mês e tem planos para acelerar esse valor para 1 bilhão de reais até o fim do ano.

A notícia chega para somar mais um capítulo pela disputa entre os agentes autônomos no mercado em que a XP é dominante. Na última sexta-feira, novas especulações sobre a saída do maior escritório da corretora, o Monte Bravo, que possui mais de 17 bilhões de reais sob gestão, se intensificaram e começaram a chamar a atenção do mercado.

É a primeira vez que a XP entra em um acordo do tipo para ajudar um AAI a se tornar uma corretora, tornando-se o primeiro sinal de reação após perder EQI, Lifetime, Arton Advisors e Acqua-Vero para seu principal concorrente, o BTG Pactual (BPAC11) em acordos similares.

O aquecimento do mercado também tem atraído a atenção dos investidores, com isso o BTG anunciou no fim de semana que pretende realizar uma oferta de ações (Follow-on) primária de 24,402 milhões de units, o que deve aumentar seu caixa em cerca de 3 bilhões de reais, considerando o último fechamento.

A oferta ajudará a companhia em seus investimentos em tecnologia, seu banco digital BTG+, além de manter índices de liquidez saudáveis para o banco. Além disso, o BTG divulgou fato relevante oficializando a transação da compra do grupo Universa (Empiricus, Vitreo, Money Times, Real Valor) dividida em 3 partes: 440 milhões em dinheiro, 250 milhões em Units BPAC11 e pagamentos financeiros relativos às entregas de metas nos quatro anos adiante após a finalização da transação.

E Eu Com Isso?

Para a XP (XP:NASDAQ) a notícia é positiva. Embora fique a preocupação com o aumento dos custos para manter sua larga base de AAIs, também mostra a capacidade de reação da companhia a ameaça competitiva neste mercado. Esperamos impactos levemente positivos para as ações da companhia no curto-prazo.

Enxergamos também com bons olhos o Follow-on do BTG, uma vez que acreditamos que o banco tem conseguido realizar investimentos de maneira eficiente e acreditamos que o lançamento do BTG+ esse ano será uma das principais alavancas de crescimento para o banco. Esperamos impactos positivos nas ações da companhia (BPAC11) no curto-prazo.

Acreditamos também que o movimento da transformação de grandes escritórios em corretoras está ganhando força e aos poucos vai mudando a dinâmica do mercado, colocando aos poucos as grandes corretoras como fornecedoras de tecnologia para esses escritórios.

Apesar da XP e do BTG Pactual (BPAC11) continuarem seus esforços de captação direta de clientes, isso é, sem nenhum escritório como intermediário, ambas as companhias enxergam que os AAIs são estratégicos, especialmente por terem relacionamento mais próximo com os clientes e em geral um foco maior em clientes mais ricos.

Mesmo considerando o papel estratégico dos AAIs para melhor atender os clientes, a maior parte do mercado potencial tanto para a XP quanto para o BTG, continua com os ativos controlados pelos grandes bancos que ainda representam a maior parte do mercado.

Enquanto a briga entre XP e BTG se intensifica, também vemos os grandes bancos se movimentando para aprimorar no setor de corretagem e assessoria financeira, se aproveitando do relacionamento que já possui com a maior parte do mercado. Tanto o Itaú (ITUB4) quanto o Bradesco (BBDC4) vem se empenhando em melhorar a Íon e a Ágora, suas respectivas plataformas de investimentos.

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Leia também: XP lança PIX em sua conta digital.

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Monte Bravo, maior AAI da XP quer criar corretora https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/monte-bravo-maior-aai-da-xp-quer-criar-corretora https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/monte-bravo-maior-aai-da-xp-quer-criar-corretora#respond Fri, 28 May 2021 13:55:01 +0000 https://levanteideias.com.br/?p=25121 O escritório de agentes autônomos independentes (AAI) Monte Bravo, o maior da rede de filiados à corretora XP (XP:NASDAQ), está se reposicionando no mercado para focar no público de mais alta renda, e reforçando seu desejo de se tornar uma corretora independente. A assessoria financeira possui cerca de 17 bilhões dos 719 bilhões de reais… Read More »Monte Bravo, maior AAI da XP quer criar corretora

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O escritório de agentes autônomos independentes (AAI) Monte Bravo, o maior da rede de filiados à corretora XP (XP:NASDAQ), está se reposicionando no mercado para focar no público de mais alta renda, e reforçando seu desejo de se tornar uma corretora independente.

A assessoria financeira possui cerca de 17 bilhões dos 719 bilhões de reais de ativos sob custódia da XP, e tem um histórico de mais do que dobrar os ativos sob custódia ano a ano desde que foi fundada, em 2010.

A transição para corretora deve começar com uma solução mais simples, fazendo uma parceria com alguma plataforma tecnológica, já existente, possivelmente da própria XP, para já plugar sua base de clientes.

Movimento semelhante ao feito por outra gestora, a Acqua Vero, que deixou a rede da XP para firmar esse modelo de negócios com o rival BTG Pactual (BPAC11).

E Eu Com Isso?

A notícia coloca a XP (XP:NASDAQ) em uma encruzilhada, deixar os ativos sob custódia serem negociados no mercado, provavelmente para o BTG Pactual (BPAC11), ou aumentar ainda mais o custo para manter sua força com os agentes autônomos, algo que já foi intensificado neste ano e tem preocupado investidores.

Com isso, esperamos impactos negativos nos preços das ações da XP (XP:NASDAQ) e impactos positivos nas ações do BTG Pactual (BPAC11) com a possibilidade de adquirir outro AAI de peso de seu principal concorrente.

Em 2021, a XP começa a enxergar seu domínio sobre os agentes autônomos do país perdendo força, com o anúncio da saída da Acqua Vero, um dos maiores do país, o comunicado do encerramento do contrato com a Onix Capital e agora uma possível saída de seu maior escritório.

Acreditamos que o movimento da transformação de grandes escritórios em corretoras está ganhando força e aos poucos vai mudando a dinâmica do mercado, colocando aos poucos as grandes corretoras como fornecedoras de tecnologia para esses escritórios.

Apesar disso, reforçamos que tanto a XP quanto o BTG Pactual têm investido em outras formas de captação de clientes de maneira direta, principalmente com a estratégia de criar bancos digitais e cada vez mais ficar presente na vida financeira de seus clientes, tornando possível que cortem seus laços com as instituições tradicionais, que ainda hoje possuem a maioria dos ativos sob custódia.

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Leia também: XP lança PIX em sua conta digital.

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XP lança PIX em sua conta digital https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/xp-lanca-pix-em-sua-conta-digital https://levanteideias.com.br/artigos/e-eu-com-isso/xp-lanca-pix-em-sua-conta-digital#respond Thu, 27 May 2021 12:54:17 +0000 https://levanteideias.com.br/?p=25030 Na quarta-feira (26), a XP (XP:NASDAQ) anunciou o início da fase beta do PIX para as contas digitais. Inicialmente, o serviço de pagamentos estará disponível para apenas 2,5 mil clientes, a maioria com alguma ligação à companhia, como funcionários e agentes autônomos. O plano é ter todos os clientes com o serviço disponível até julho.… Read More »XP lança PIX em sua conta digital

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Na quarta-feira (26), a XP (XP:NASDAQ) anunciou o início da fase beta do PIX para as contas digitais.

Inicialmente, o serviço de pagamentos estará disponível para apenas 2,5 mil clientes, a maioria com alguma ligação à companhia, como funcionários e agentes autônomos. O plano é ter todos os clientes com o serviço disponível até julho.

Além disso, a companhia pretende lançar uma conta digital aberta ao mercado, isto é, não só para os clientes da corretora, no segundo semestre deste ano.

Em linha com a estratégia de seu maior concorrente, o BTG Pactual (BPAC11), que lançou seu banco digital aberto ao público este ano, o BTG+.

Segundo José Berenguer, presidente do Banco XP, o objetivo do lançamento do PIX não é causar um impacto direto no lucro da companhia, o objetivo é lançar cada vez mais serviços para que o cliente fique dentro do ecossistema digital que a companhia vem desenvolvendo.

E Eu Com Isso?

A companhia vem sendo capaz de entregar resultados com fortes crescimentos, tanto do ponto de vista financeiro como operacional, captando cada vez mais recursos e clientes.

Enxergamos o avanço da criação de novos serviços bancários como algo positivo, uma vez que deve ajudar a companhia a manter esse ritmo de crescimento, com isso esperamos impactos positivos nas ações da companhia (XP:NASDAQ) no curto-prazo.

O pagamento via PIX é um passo importante para que seus clientes possam cortar laços com instituições tradicionais, possibilitando que a companhia fique cada vez mais no centro da vida financeira de seus clientes.

Outro passo importante para isso é explorar o mercado de crédito, algo que a companhia pretende fazer em um futuro próximo. Atualmente o Banco da XP conta com cerca de 3 milhões de clientes, a maioria deles ainda com vínculos junto aos bancos mais tradicionais.

Acreditamos que a conclusão da cisão entre o banco Itaú (ITUB4) e a XP, que ainda aguarda aprovação de órgãos reguladores no Brasil e Estados Unidos, seja o principal catalisador para um aumento no preço das ações no futuro próximo.

Apesar de ainda não ter uma data exata, ambas as companhias estimaram que o processo seria encerrado no final do primeiro semestre ou começo do segundo.

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Leia também: Resultado da XP (XP) do 1T21.

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Dividendos Itaúsa: vale a pena investir na empresa? https://levanteideias.com.br/artigos/dividendos-itausa-vale-a-pena-investir-na-empresa https://levanteideias.com.br/artigos/dividendos-itausa-vale-a-pena-investir-na-empresa#respond Fri, 21 May 2021 17:17:27 +0000 https://levanteideias.com.br/?p=24571 Sumário Executivo Neste relatório, falaremos sobre a empresa pagadora de dividendos para 2021, uma das ações mais acompanhadas pelo investidor pessoa física no Brasil: a Itaúsa (ITSA3/ITSA4), conhecida pela sua relevante participação no capital do Banco Itaú Unibanco. O relatório divide-se em: i) visão geral da companhia; ii) o que tem acontecido com a Itaúsa;… Read More »Dividendos Itaúsa: vale a pena investir na empresa?

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Sumário Executivo

Neste relatório, falaremos sobre a empresa pagadora de dividendos para 2021, uma das ações mais acompanhadas pelo investidor pessoa física no Brasil: a Itaúsa (ITSA3/ITSA4), conhecida pela sua relevante participação no capital do Banco Itaú Unibanco.

O relatório divide-se em: i) visão geral da companhia; ii) o que tem acontecido com a Itaúsa; iii) inadimplência; iv) resultados do 1T21; v) relação Itaúsa e XP; vi) Dividend Yield Itaúsa.

Nós, da Levante, reiteramos a nossa recomendação de COMPRA das ações Itaúsa até o preço de R$ 13,50. Para isso, baseamo-nos nos seguintes aspectos:

Dividendos Itaúsa: os principais pontos da tese de investimento

  • O valuation é atrativo. As ações do Banco Itaú estão descontadas, com possibilidade de reversão de provisões do Itaú, aumento no lucro líquido e com o fechamento do desconto de holding da Itaúsa para 20% (de 25% atualmente);
  • Alta margem de segurança, com relação risco e potencial de retorno atrativa;
  • Poder da marca Itaú e, agora, XP no Brasil;
  • Histórico de competência e consistência dos gestores, com rentabilidade e transparência elevadas;
  • Manutenção do alto potencial de distribuição de proventos aos acionistas no longo prazo;
  • Oportunidades de crescimento em outros negócios: saneamento básico com a Aegea, em que a Itaúsa tem cerca de 10% de participação, com dois novos blocos no leilão da Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro).

Acreditamos que a Itaúsa pode ser considerada a Berkshire Hathaway brasileira, uma empresa holding de participações, sendo que a participação no banco Itaú Unibanco é a grande geradora de caixa para o crescimento dos novos negócios da Itaúsa.

Principais catalisadores das ações da Itaúsa

  • Investimento no setor de saneamento básico na Aegea, que venceu dois lotes no leilão da Cedae, o que pode reduzir a dominância do resultado do Itaú no resultado consolidado da Itaúsa;
  • Fechamento do desconto de holding da Itaúsa depois que os acionistas do Itaú receberam os BDRs da participação do Itaú na XP;
  • Possibilidade de venda de participação da Itaúsa na XP, que tem valor de mercado total de R$ 128 bilhões, com 15,12% de participação indireta da Itaúsa na XP (R$ 19,34 bilhões);
  • Remuneração aos acionistas: programa de recompra de ações da Itaúsa está aberto e tem possibilidade de aumento do percentual de distribuição de lucros (payout) para 50%;
  • Retorno em dividendos de 5,3% em 2021, com payout de 50%.

Visão geral da companhia

A Itaúsa (Investimentos Itaú S.A.) é uma holding pura e corresponsável pela política empresarial e pela gestão de suas controladas.

A maioria das empresas investidas também têm capital aberto na Bolsa e estão localizadas no estado de São Paulo.

Seu principal foco de atuação é a área de serviços financeiros, com investimento relevante no banco Itaú Unibanco S.A e o restante em Duratex S.A., Alpargatas S.A, NTS S/A e Copagaz S/A.

Atualmente, pouco menos de 90% do valor de suas participações patrimoniais são no Banco Itaú (ITUB3/ITUB4), um dos maiores bancos privados do mundo:

Dividendos Itaúsa - gráfico itaúsa

Guardadas as devidas proporções, a Itaúsa pode ser considerada a Berkshire Hathaway – a famosa companhia administrada por Warren Buffet – brasileira, visto que o foco da empresa é a geração de valor para os acionistas por meio de participações em empresas com históricos consistentes de rentabilidade (ROE) e altos fluxos de dividendos, como preconiza a filosofia de investimentos do oráculo de Omaha.

Como holding pura, a Itaúsa não dispõe de receita própria proveniente de bens e serviços, somente de receitas de equivalência patrimonial.

Em 2019, a Itaúsa obteve uma receita de equivalência patrimonial consolidada de R$ 10,4 bilhões, um crescimento de 7,3% em relação a 2018.

Já em 2020, ano marcado pela pandemia do coronavírus, a Itaúsa obteve uma receita de equivalência patrimonial consolidada de R$ 7,2 bilhões, um decréscimo de 30,9% em relação a 2019.

No primeiro semestre de 2021, a receita de equivalência patrimonial foi de R$ 2,3 bilhões, um aumento de 75,6% na comparação com o mesmo período do ano passado.

O que tem acontecido com a Itaúsa

Aquisição da Aegea e Impactos do Leilão de Concessão da CEDAE

Em 27 de abril, a Itaúsa anunciou um investimento na Aegea Saneamento, com um valor de R$ 1,3 bilhão pela participação de 10,20% do capital votante e 8,53% do capital total.

A aquisição vem em linha com o que a companhia tem divulgado ao mercado, de aquisição de empresas em setores com fluxo de capital estável e em setores não financeiros.

A Aegea é líder no setor privado de saneamento básico no Brasil, atendendo mais de 11 milhões de pessoas em 126 municípios de 12 estados brasileiros.

A aquisição, avaliada como positiva pela agência de rating Moody’s, permitirá à Aegea financiar novos investimentos no país, o que irá se refletir positivamente em Itaúsa.

Logo após essa notícia, foi realizado, em 30 de abril, o leilão de concessão da Cedae, na B3, no qual o consórcio da Aegea sagrou-se vencedor.

O leilão foi bastante concorrido e superou as expectativas com arrecadação de cerca de R$ 22,7 bilhões, com três dos quatro blocos arrematados.

A vitória foi bastante positiva para a Aegea, por permitir a viabilização da expansão de suas operações no país, e também para a Itaúsa, consequentemente.

Segundo previsto no contrato de concessão, os consórcios vencedores deverão investir cerca de R$ 30 bilhões em infraestrutura de saneamento básico ao longo do contrato de 35 anos, com R$ 12 bilhões devendo ser desembolsados nos primeiros cinco anos.

O investimento contempla o objetivo de universalização da água até o décimo segundo ano da concessão, conforme estabelecido no novo marco regulatório do saneamento.

Aumento de Participação na NTS

Além do novo investimento na Aegea, a companhia também aumentou sua posição na NTS, se aproveitando da venda da participação da Petrobras (PETR4) na companhia no final de abril.

Assim, a Itaúsa aumentou sua posição de 7,65% para 8,50% do capital total da companhia.

Este artigo é uma versão reduzida do Report Completo sobre o assunto produzido pela Equipe Levante.

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Impacto no Setor Financeiro

No ano, as ações preferenciais da Itaúsa (ITSA4) recuam mais de 10%, desempenho bastante inferior ao Ibovespa, que apresentou leve alta de 3,3% até 11 de maio de 2021.

Em nossa avaliação, o desempenho ruim das ações de Itaúsa está associado aos acontecimentos mais recentes do setor de bancos no Brasil, visto que há uma alta exposição da Itaúsa ao Banco Itaú.

Desde o ano passado, tais companhias financeiras têm se deparado com uma série de desafios que têm colocado todas as suas histórias e resiliências à prova.

Como se sabe, o setor de bancos, no Brasil, sempre foi bastante concentrado, com poucas instituições correspondendo a praticamente toda a fatia do mercado.

Na composição atual do Ibovespa, as quatro maiores instituições têm peso de 15,7% no Índice, algo bastante representativo se comparado à relevância do serviço financeiro no PIB do Brasil.

Nos últimos anos, o setor tem vivenciado profundas transformações em seu funcionamento, em sua dinâmica e em sua estrutura competitiva, o que tem reduzido a visibilidade futura das companhias do setor e aumentado a percepção de risco do mercado frente às suas ações.

Nós separamos os fatores que têm afetado negativamente o desempenho das ações dos bancos desde 2020 em três pontos:

Aumento da concorrência

A tecnologia e a tendência de digitalização dos serviços financeiros reduziram as barreiras de entrada no setor, o que permitiu a chegada de novos concorrentes – os quais oferecem serviços a preços mais baixos que os praticados anos atrás.

Risco regulatório

Além de a atuação do Banco Central (BC) estar bastante orientada ao aumento da concorrência no setor, a pandemia trouxe de volta a discussão a respeito dos resultados dos grandes bancos na Câmara dos Deputados e no Senado.

Dois riscos têm assombrado o setor: o aumento da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido e a fixação de um teto de taxa de juros em algumas linhas de crédito para pessoa física.

Inadimplência

Com os impactos da Covid-19 na economia, os bancos ligaram o sinal de alerta para o risco de aumento das taxas de inadimplência sobre suas carteiras de crédito.

Em 2020, os bancos aumentaram as suas Provisões para Devedores Duvidosos (PDD), uma forma de aumentar o colchão de reservas para o futuro.

A exposição natural que os bancos possuem à “economia real” elevou a percepção de risco sobre suas ações no curto prazo, o que ajuda a explicar o mau desempenho das ações até o momento.

Conclusão

Apesar de avaliarmos que os três pontos comentados acima sejam relevantes e capazes de atingir a rentabilidade das instituições (levando-a a patamares menores que o histórico), nós acreditamos que tais fatores estão pesando de forma desproporcional no preço das ações da Itaúsa em 2021.

Inadimplência

Com a pandemia e todos os prejuízos gerados no contexto econômico, os bancos ligaram o sinal de alerta para o risco de aumento das taxas de inadimplência sobre suas carteiras de crédito.

Ao longo dos últimos 12 meses, podemos observar que os quatro bancos destinaram um total de R$ 78,3 bilhões para a conta de Provisão para Devedores Duvidosos (PDD), com destaque para Itaú, provisionando cerca de R$ 23,9 bilhões no período.

Levante Ideias - Itaúsa gráfico report

Apesar de ainda elevada, essa provisão já apresenta melhora quando comparado o 1T21 com o 1T20, com queda de 42% para Bradesco, 81% para Banco do Brasil, 8% para Santander e alta de 69% para Itaú, mais conservador.

Neste ponto, enxergamos que há, de fato, um risco relevante de aumento da inadimplência ao longo de 2021, muito embora entendamos que essa dinâmica seja pontual e não afete estruturalmente as condições econômicas brasileiras no longo prazo.

O aumento do custo do crédito, por meio do acréscimo na PDD, foi o principal fator que levou os grandes bancos a registrarem quedas relevantes em seus lucros no primeiro semestre.

A baixa na receita com serviços também reduziu o seu resultado, mas com impacto limitado em comparação com o impacto da PDD.

Por ora, acreditamos que os índices de inadimplência não justificam o aumento nas provisões realizadas pelos bancos.

É evidente que algum estresse nos indicadores de calote deve ser notado a partir do próximo ano, visto que as renegociações das dívidas realizadas deram certo alívio aos tomadores no curto prazo.

Dessa forma, esperamos que o maior impacto nos índices ocorra na metade de 2021.

Mesmo assim, em nossa visão, esse aumento é, sobretudo, estratégico e relacionado não apenas a critérios operacionais (conservadorismo), mas também à mitigação de riscos fiscais e regulatórios relevantes no momento.

Ao aumentar o custo de crédito via PDD, o banco reduz seu lucro, seu tributo a pagar e a visibilidade dos seus fortes resultados (mesmo em meio à pandemia), o que poderia ser visto como uma “extorsão” e ganhos “em cima” do tomador de crédito por reguladores, por sindicatos e pela mídia.

Acreditamos que os grandes bancos brasileiros, principalmente Itaú e Bradesco, são sempre bastante conservadores nas provisões para perdas com crédito, a chamada PDD.

Os quatro bancos fizeram provisões no valor total de R$ 90,4 bilhões em 2020, sendo R$ 29,9 bilhões do Itaú, R$ 25,8 bilhões do Bradesco, R$ 22,1 bilhões do Banco do Brasil e apenas R$ 12,6 bilhões do Santander.

Com a retomada da economia, o crescimento da concessão de crédito e a manutenção da inadimplência em níveis controlados, acredito que os bancos poderão fazer reversão das provisões (PDD) no fim de 2021, o que, de certa forma, já pode ser observado nos resultados do 1T21, especialmente nos casos de Banco do Brasil e do Santander.

Essa reversão das provisões feitas em 2020 vai significar um aumento nos lucros dos bancos em 2021.

Acreditamos que o potencial de revisão para cima nos lucros do Itaú e do Bradesco é maior devido ao maior tamanho das PDDs desses bancos mais conservadores.

Resultados do 1T21

A Itaúsa (ITSA4) divulgou, em 10 de abril, o resultado do primeiro trimestre de 2021. Por ser uma empresa de participações (holding), com praticamente todo seu capital investido em companhias de capital aberto que já reportaram seus resultados previamente (Itaú, Alpargatas e Duratex), os números não apresentaram grandes surpresas.

O lucro líquido recorrente da companhia atingiu R$ 2,4 bilhões no trimestre, com crescimento de 123% no a/a.

O forte crescimento é explicado por uma performance melhor do Itaú (ITUB4), que, no primeiro trimestre do ano passado, fez diversas provisões para perdas de crédito devido ao início da pandemia, diminuindo a base de comparação.

Com isso, a companhia obteve um ROE recorrente anualizado de 16,6%, com avanço em relação aos 8% apresentados no 1T20.

O resultado da própria Itaúsa, isto é, os custos da holding, tiveram uma queda de 54% no a/a, atingindo R$ 100 milhões, devido principalmente a uma diminuição de 70% nas despesas tributárias, que atingiram R$ 51 milhões no período.

Este artigo é uma versão reduzida do Report Completo sobre o assunto produzido pela Equipe Levante.

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A XP Inc (XP) apresentou nesta terça-feira (04), após o fechamento do mercado, os seus resultados do primeiro trimestre de 2021. A companhia já havia divulgado em sua prévia operacional os principais indicadores do trimestre como de costume, o que deveria tornar o resultado mais previsível, mesmo assim acreditamos que os números vieram acima das expectativas, especialmente em termos de lucro líquido.

Entre os principais destaques estão o crescimento de 51 por cento na receita líquida em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, atingindo 2,6 bilhões de reais no 1T21. O Ebitda ajustado da companhia atingiu 1,0 bilhão de reais no trimestre, representando um crescimento de 104 por cento em relação ao 4T20.

A maior destaque do resultado foi o crescimento de 104 por cento no lucro líquido do trimestre em relação ao mesmo período de 2020, ajudado por uma alíquota de imposto anormalmente baixa (6,4 por cento) devido a benefícios tributários do caixa da companhia levantado no IPO e outros efeitos contábeis relacionados com o reconhecimento de receitas financeiras.

O principal destaque negativo ficou por conta do da remuneração por ações para os executivos e agentes autônomos, que representaram 6,8 por cento da receita líquida total, apesar de não serem um custo caixa, acreditamos que no longo prazo a diluição dos acionistas excessiva pode ter efeitos negativos significativos.

O NPS (Net Promoter Score) fechou o período em 74 pontos, somente 3 pontos acima do 4T20. O NPS mede a satisfação dos clientes com o serviço prestado por determinada empresa e é especialmente importante para a companhia considerando sua estratégia de oferecer uma experiência para seus clientes superior aos grandes bancos.

E Eu Com Isso?

Os números apresentados foram bons com lucro acima das expectativas do mercado, levando em consideração as iniciativas para o futuro divulgadas na teleconferência de resultado realizada no mesmo dia, acreditamos em um impacto positivo no preço das ações (XP na Nasdaq) no curto prazo.

Após a divulgação do cartão de crédito no último trimestre, esperávamos mais dados quanto ao andamento das iniciativas do banco de varejo digital da companhia, o que não foi apresentado. Apesar disso, durante a teleconferência, o executivo responsável pela iniciativa de Banking da companhia, José Berenguer, detalhou a estratégia do banco para ganhar mercado, se aproveitando de sua tecnologia superior à dos bancos tradicionais.

A criação de um portfólio completo de produtos bancários para o fim deste semestre também foi reforçada na apresentação dos resultados, a companhia deve lançar uma conta digital completa com PIX e cartão de débito nos próximos meses. A companhia tem se empenhado em prover uma solução que permita que seus clientes possam cortar os laços com os bancos tradicionais.

Acreditamos que mesmo apresentando boa performance operacional ao longo de todo 2020, as ações da companhia não vêm refletindo a performance operacional. Na nossa visão, parte desse comportamento se deve à cisão entre o banco Itaú (ITUB4) e a corretora.  Em 2021 a ações vem performando com leve alta de 3,5 por cento em reais, apesar de apresentar os resultados do 4T20 com crescimento de receita e lucro acima de 40 por cento.

Mesmo com as negociações com o banco terem sido bem-sucedidas em nossa visão, com os acionistas do Itaú recebendo de forma direta ações/BDRs da XP e a eliminação dos direitos preferenciais que o banco possui, ainda há incertezas quanto uma possível venda grande dos papéis logo após a separação.

A XP espera que toda a transação envolvendo o Itaú seja concluída até o final deste semestre, porém o prazo ainda é incerto devido a pendência de aprovação de órgãos reguladores no Brasil e nos Estados Unidos, onde a empresa é listada.

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Leia mais sobre a empresa: XP Inc. (XP:NASDAQ) busca ampliar gestão de fortunas.

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