O escritório de agentes autônomos independentes (AAI) Monte Bravo, o maior da rede de filiados à corretora XP (XP:NASDAQ), está se reposicionando no mercado para focar no público de mais alta renda, e reforçando seu desejo de se tornar uma corretora independente.
A assessoria financeira possui cerca de 17 bilhões dos 719 bilhões de reais de ativos sob custódia da XP, e tem um histórico de mais do que dobrar os ativos sob custódia ano a ano desde que foi fundada, em 2010.
A transição para corretora deve começar com uma solução mais simples, fazendo uma parceria com alguma plataforma tecnológica, já existente, possivelmente da própria XP, para já plugar sua base de clientes.
Movimento semelhante ao feito por outra gestora, a Acqua Vero, que deixou a rede da XP para firmar esse modelo de negócios com o rival BTG Pactual (BPAC11).
E Eu Com Isso?
A notícia coloca a XP (XP:NASDAQ) em uma encruzilhada, deixar os ativos sob custódia serem negociados no mercado, provavelmente para o BTG Pactual (BPAC11), ou aumentar ainda mais o custo para manter sua força com os agentes autônomos, algo que já foi intensificado neste ano e tem preocupado investidores.
Com isso, esperamos impactos negativos nos preços das ações da XP (XP:NASDAQ) e impactos positivos nas ações do BTG Pactual (BPAC11) com a possibilidade de adquirir outro AAI de peso de seu principal concorrente.
Em 2021, a XP começa a enxergar seu domínio sobre os agentes autônomos do país perdendo força, com o anúncio da saída da Acqua Vero, um dos maiores do país, o comunicado do encerramento do contrato com a Onix Capital e agora uma possível saída de seu maior escritório.
Acreditamos que o movimento da transformação de grandes escritórios em corretoras está ganhando força e aos poucos vai mudando a dinâmica do mercado, colocando aos poucos as grandes corretoras como fornecedoras de tecnologia para esses escritórios.
Apesar disso, reforçamos que tanto a XP quanto o BTG Pactual têm investido em outras formas de captação de clientes de maneira direta, principalmente com a estratégia de criar bancos digitais e cada vez mais ficar presente na vida financeira de seus clientes, tornando possível que cortem seus laços com as instituições tradicionais, que ainda hoje possuem a maioria dos ativos sob custódia.
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