Investir de forma consciente é a melhor escolha visando um futuro mais tranquilo e sem depender tanto da aposentadoria.
Quanto antes você pensar em como será a sua vida depois que parar de trabalhar — se esse for seu desejo — mais cedo terá tranquilidade e independência. Por isso, este artigo tem como objetivo mostrar a você as duas principais modalidades de aplicação para pessoas físicas disponíveis hoje.
Vamos adiante para compreender suas diferenças e como investir com muito mais critério e sabedoria?
1. O que é renda fixa e variável?
Para entender com mais propriedade o que significa um investimento em renda fixa ou variável, é necessário considerar, em primeiro lugar, o risco envolvido. Nesse sentido, os investimentos de renda fixa representam a segurança buscada por investidores do tipo conservador.
Esse perfil não gosta muito de arriscar seu suado dinheiro, preferindo, por isso, investir em ativos que tenham rentabilidade pós fixada ou prefixada, ou seja, conhecida antes do contrato vigorar. É o caso da querida Caderneta de Poupança, dos CDBs, das LCIs e LCAs e dos títulos do Tesouro Direto, embora esse último apresente modalidades mistas.
Do outro lado, estão os títulos de renda variável que, como você já deve estar imaginando, deixam o investidor mais exposto ao risco. Não por acaso, entre os títulos dessa natureza estão as ações, opções, fundos imobiliários e commodities. São produtos financeiros diretamente ligados ao mercado.
Empreender é estar permanentemente exposto ao risco. Por isso, os investimentos de renda variável não apresentam rendimentos regulares ou previsíveis. Tudo depende do mercado, das suas oscilações e do comportamento das empresas que concorrem entre si.
2. Quais as principais diferenças?
Então ficou claro para você essa parte? Agora que estamos entendidos em relação aos tipos de investimentos, podemos apontar o que os diferencia. Dessa forma, é possível escolher aquele que pareça mais atraente e adequado aos seus propósitos. Vamos ver?
Liquidez
Liquidez é o termo que designa tudo que pode ser convertido em receita para uso imediato. Um imóvel, por exemplo, pode ter um valor de mercado elevado, mas apresenta baixa liquidez porque não pode ser transformado em dinheiro tão rapidamente.
Ou seja, liquidez é a capacidade que um ativo financeiro tem de ser convertido em resultados efetivos e instantâneos. Nesse aspecto, a maioria dos investimentos de renda fixa e variável apresenta alta liquidez, já que podem ser resgatados a qualquer momento.
O importante é considerar os seus objetivos para definir corretamente qual é a liquidez esperada. Se você quer ter seu dinheiro em mãos , por exemplo, talvez um ativo mais conservador com possibilidade de resgate a qualquer tempo seja o mais indicado.
Segurança
Como destacamos logo no início, o risco é o principal fator a ser considerado antes de aplicar em investimentos de renda fixa ou variável. Nesse quesito, não há o que discutir: os de renda fixa são imbatíveis, já que sua rentabilidade é garantida por indexadores estabelecidos previamente ou pós-fixados. De qualquer forma, é sempre um investimento mais seguro, considerando o retorno esperado.
Até mesmo os títulos mistos do Tesouro Direto, que apresentam rendimentos pré e pós fixados são seguros, como é o caso do Tesouro IPCA, embora exista uma variação na rentabilidade da inflação. No entanto, de maneira ampla, os investimentos de renda variável são incomparavelmente menos seguros.
Casos de empresas que pareciam muito sólidas mas levaram seus acionistas, em especial os pequenos, a perderem grandes somas, não faltam para ilustrar essa insegurança. No entanto, nem tudo é notícia ruim para quem investe em renda variável.
Rentabilidade
Se no critério segurança os investimentos de renda fixa são insuperáveis, em rentabilidade os de renda variável ganham de goleada. E, se há exemplos de grandes perdas, há também casos relatados de ganhos extraordinários com ações.
Isso serve para ilustrar o aspecto que torna esses investimentos tão sedutores e alvos de estudos de especialistas do mercado financeiro. Afinal, a relação entre risco e rentabilidade no mercado de renda variável é sempre elevada, o que significa também a possibilidade de ganhos superiores.
3. Por que aplicar de acordo com o seu perfil de investidor?
Agora que você entendeu as diferenças entre renda fixa e variável, tem meio caminho andado para escolher bem a sua próxima aplicação financeira. Ou seja, é a partir do seu perfil de investidor que você deverá se orientar antes de selecionar onde e com quem vai investir.
Para facilitar a sua tarefa, os bancos tradicionais e os de investimento contam com ferramentas para avaliar qual o seu perfil e, assim, indicar o investimento adequado. Não deixe de responder com total honestidade às perguntas feitas e pense sempre nos objetivos que você tem para os seus investimentos. Veja alguns exemplos:
- comprar uma casa à vista ou juntar o dinheiro para dar entrada;
- fazer uma viagem no final do ano;
- juntar dinheiro para a aposentadoria;
- pagar os estudos dos filhos;
- viver de renda e aplicações.
É importante definir metas porque são elas que determinarão que tipo de investimento será o mais indicado e ajudarão a traçar o seu perfil de investidor. Lembre-se de que, para quem não tem objetivos, qualquer coisa serve e acreditamos que não é esse o seu caso!
Seja como for, há um princípio universal que você precisa entender, independentemente de ser conservador ou arrojado em seus investimentos, que é a necessidade de variar. Procure sempre diversificar suas aplicações, tomando cuidado para não pulverizar sua carteira de investimentos. Preferencialmente, reserve percentuais mais elevados para investimentos de renda fixa, sem deixar de arriscar alguma coisa em renda variável.
Com essas dicas e aprendizado constante, dificilmente você será pego de surpresa quando aplicar seus recursos em renda fixa ou variável e, de quebra, terá muito mais segurança ao investir. Não deixe de conversar com um especialista e procure por uma instituição financeira que tenha spreads baixos e que ofereça suporte e orientação sobre o mercado financeiro.
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