A 3R Petroleum (RRRP3) anunciou, na manhã desta terça-feira (22), a aquisição da Duna Energia, detentora e operadora dos campos de Ponta do Mel e Redonda, situados no Rio Grande do Norte.
Os ativos da Duna Energia produziram em média 480 barris de petróleo por dia, de janeiro a abril deste ano.
O valor da transação ficou em US$ 71 milhões, sendo US$ 51 milhões em ações da companhia, a serem repassados ao BTG Pactual (BPAC11), e US$ 20 milhões em dinheiro.
O endividamento líquido de aproximadamente US$ 7,1 milhões detidos pela Duna Energia também ficará com a 3R.
A conclusão da operação ainda depende do aval do conselho de administração e dos acionistas da petrolífera e o BTG ainda terá a opção de indicar um membro independente para o colegiado da 3R.
E Eu Com Isso?
Embora os ativos adquiridos não adicionem um montante relevante de produção à empresa (cerca de 3% da produção atual), as sinergias criadas com o polo Macau da 3R, devido à proximidade geográfica, a possibilidade de recuperação do campo aumentando a reserva recuperável e a produtividade do ativo, a aquisição se torna bastante favorável para a companhia.
Não esperamos uma reação nas ações da companhia no curto prazo devido ao anúncio da transação, porém o impacto financeiro e operacional no médio prazo é positivo.
Enxergamos boas perspectivas de geração de resultado.
Além do mais, a 3R irá otimizar sua estrutura de capital, com o BTG ganhando uma participação maior na companhia (estimado que chegue em cerca de 9%).
Parte do caixa detido pela empresa também será alocada (US$ 20 milhões ou R$ 100 milhões em dinheiro) de maneira a melhorar o custo de capital da companhia.
A 3R atualmente possui um caixa líquido de R$ 120 milhões (ou seja, posição de caixa maior que seu endividamento total).
A otimização de custo de capital ocorre pelo fato de a empresa alocar um dinheiro parado em um ativo operacional que irá gerar um retorno maior que o rendimento de juros do caixa.
Além disso, a emissão de ações que serão cedidos ao BTG faz parte da renegociação de uma dívida com custo alto detido pela 3R com o BTG, tomadas antes do início de sua operação.
Haverá diluição pequena dos minoritários na transação, em torno de 5,4%, porém em troca de uma dívida alta e alocação de recursos com retorno positivo.
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