Certamente, você já se deparou com o termo “Índice Bovespa”, seja na mídia mais tradicional ou em redes sociais. Notícias como “O Índice Bovespa bateu 100.000 pontos hoje”, “O Ibovespa sobe em meio ao aumento de confiança dos investidores” e “Cenário externo afeta o Ibov nesta semana” são comuns de se ler ou ouvir em jornais e afins. Isso se deve ao fato de o Índice ser extremamente importante à economia brasileira como um todo.
Portanto, é notável a presença do Índice Bovespa no dia a dia do mercado. E isso mesmo que de forma não tão explícita àqueles que não acompanham a Bolsa, por exemplo.
Assim, é importante esclarecê-lo, visto que, cada vez mais, o termo tem entrado em voga. Uma das razões para essa tal “popularização” é fato de o número de investidores na Bolsa de Valores brasileira (B3) estar gradativamente aumentando.
Com o propósito de esclarecer a você tudo sobre o assunto, então, passaremos pelos seguintes tópicos neste artigo:
O que é o Índice Bovespa?
Como funciona o Ibovespa?
Qual é a sua importância?
Qual é a diferença entre o Índice Bovespa, o IFIX e o SMLL?
Quais são as ações que compõem o Ibovespa?
É possível investir no Índice Bovespa?
Como investir no Ibov?
Acompanhe mais abaixo. Boa leitura!
O que é o Índice Bovespa?
O Índice Bovespa é um dos principais indicadores de desempenho do mercado acionário brasileiro. Ele contempla as empresas mais importantes do nosso mercado de capitais.
Conhecido como Ibovespa – Índice da Bolsa de Valores de São Paulo –, o Índice, por meio de sua carteira teórica, indica o comportamento das ações mais negociadas na Bolsa.
Ou seja, o Índice Bovespa é como um termômetro que serve para os investidores entenderem o desempenho do mercado de ações do País.
Como funciona o Ibovespa?
Apesar da grande importância do Índice Bovespa na Bolsa brasileira, compreender o seu funcionamento não requer demasiado esforço.
De início, é necessário atentar-se ao fato de o Índice ser formado por uma carteira teórica de ações negociadas na Bolsa. No entanto, nem todas as ações que estão na Bolsa fazem parte do Índice Bovespa.
Em suma, para regulamentar a composição dessa carteira, usa-se uma metodologia que avalia alguns critérios. Dois deles, bastante importantes, são: a liquidez e o volume financeiro de negociação das ações, considerando-se apenas os últimos doze meses. Portanto, só são incluídas na carteira teórica do Índice ações que atendem, precisamente, aos fatores requisitados. Ou seja, apenas competem, por uma colocação no Índice Bovespa, as ações de empresas que apresentam maior destaque na B3.
Além disso, a Bolsa faz, periodicamente, uma avaliação dos papéis – e do mercado como um todo – para verificar quais empresas atendem a esses critérios de entrada. No geral, a carteira teórica do Índice pode variar uma ou outra ação periodicamente (e também o número de ações que a compõem). Entretanto, não é comum ver mudanças muito grandes.
Atualmente, em outubro de 2020, o Índice Bovespa conta com 77 ativos (de 74 empresas) em sua carteira teórica.
Qual é a sua importância?
Considerando-se a importância do Índice Bovespa para os investidores, é crucial compreender um ponto em especial sobre o Índice: as suas oscilações refletem o que foi, por um determinado período, o mercado como um todo. Por isso, o Ibovespa é um dos mais importantes indicadores para quem quer investir na Bolsa de Valores.
Em suma, o Índice Bovespa funciona como um termômetro do otimismo e do pessimismo da Bolsa.
Assim, por meio da análise do gráfico do Índice e do acompanhamento de sua cotação diariamente, é possível sentir alguns fatores. Primeiro, como está a economia do País. Segundo, como está a saúde das empresas. E, principalmente, se vale a pena ou não negociar as ações que o compõem – ou, até mesmo, os ativos que o usam como referência.
Apesar de o Ibovespa não refletir diretamente o desempenho econômico nacional, ele reflete bem as expectativas dos investidores do mercado em relação ao desempenho econômico futuro do País.
Desse modo, tendo em vista esse funcionamento, pode-se concluir que, se a maioria dos investidores se apresenta como otimista em relação ao desempenho futuro das empresas, o Ibovespa tende a refletir esse otimismo. Portanto, à título de ilustração, é como se o Índice Bovespa lidasse com as “emoções” do mercado de ações.
Sendo assim, quando, no mercado, há muita incerteza e cautela, o Índice tende a refletir os temores dos investidores.
Qual é a diferença entre o Índice Bovespa, o IFIX e o SMLL?
Tendo em vista o tema deste artigo, o Índice Bovespa, criar um panorama comparativo entre ele e outros índices visados no mercado – nesse caso, o IFIX e o SMLL – é de suma importância.
O Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários (IFIX) mede a performance de uma carteira composta por cotas de Fundos Imobiliários (FIIs). Ou seja, diferentemente do Ibovespa, o IFIX avalia o desempenho geral das cotas da maior parte dos FIIs que negociam em Bolsa.
Além disso, há critérios para os papéis se manterem no Índice, que são analisados pela B3 a cada quatro meses. São eles:
- estar entre os FIIs mais negociados na Bolsa de Valores;
- não ter cotação média abaixo de R$ 1,00;
- ter sido negociado em 60% dos pregões durante as três avaliações (ou carteiras) anteriores;
- não ter tido seu valor total resgatado pela instituição responsável pelo fundo.
No mercado, há outro índice que deve ser mencionado à título de comparação com o Índice Bovespa: o Small Caps (SMLL). Esse índice avalia o desempenho geral dos ativos das empresas de menor capitalização na Bolsa.
O SMLL também possui requisitos a serem avaliados para que as ações façam parte de sua carteira. São eles:
os ativos precisam estar fora da lista dos ativos que representam 85% do valor de mercado de todas as empresas na Bolsa de Valores (B3). Porém, precisam estar entre os 99% mais negociados;
devem apresentar presença em pregão de 95% no período referente às três carteiras anteriores;
não ter cotação média abaixo de R$ 1,00.
Vale ressaltar que conhecer os variados índices é importante para que o investidor possua alternativas de negociação.
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Quais são as ações que compõem o Ibovespa?
Geralmente, são ações de empresas conhecidas pelos investidores que compõem o Índice Bovespa. No entanto, como outrora citado, o Índice avalia, com revisões periódicas, o desempenho das ações somente nos últimos doze meses. Isso faz com que as ações não sejam fixas. Ou seja, a carteira teórica do Índice sofre variações em sua composição de 3 em 3 meses.
Veja abaixo algumas ações que fazem parte do Ibovespa atualmente:
Ambev (ABEV3)
Bradesco (BBDC3)
Cielo (CIEL3)
Itaú Unibanco (ITUB4)
Localiza (RENT3)
Magazine Luiza (MGLU3)
Natura (NATU3)
Lojas Americanas (LAME4)
Petrobras (PETR4)
Vale (VALE3)
Via Varejo (VVAR3)
No site da Bolsa de Valores, há uma lista com todas as ações que fazem parte do Índice Bovespa, bem como outras informações. Para acessá-la, clique aqui.
Abaixo, é possível acompanhar o histórico de desempenho do Índice Bovespa dolarizado. Vê-se como, mesmo com os impactos da crise ocasionada pelo coronavírus, a tendência do Índice é de crescimento, mesmo que, em certos momentos, tímido:
É possível investir no Índice Bovespa?
Tendo em vista o crescente debate (e o número cada vez maior de investidores entrando no mercado de investimentos) acerca da Bolsa de Valores brasileira, talvez, este seja um dos tópicos mais esperados deste artigo, bem como o próximo.
Primeiramente, como já foi dito, o Índice Bovespa é um indicador das “emoções” do mercado. Portanto, tratando-se de um índice, não é possível investir diretamente no Ibovespa, mas sim em sua carteira teórica. Isso é feito por meio de um fundo (ETF) que a replique, como o BOVA11.
Sendo assim, para quem quer começar a investir no Índice Bovespa, o principal passo é abrir uma conta em uma instituição financeira autorizada.
Nessa escolha, é de suma importância que se avaliem alguns fatores. Os principais dentre eles são: a segurança, a qualidade no atendimento e os custos.
No entanto, as taxas cobradas não devem ser o fator determinante para tal escolha. Avaliar o custo-benefício é o essencial. Deve-se ponderar as vantagens e os serviços oferecidos versus os custos.
Quando o assunto é “Bolsa de Valores”, é importante ressaltar que o conhecimento, aliado a estratégias, é um dos grandes segredos do “sucesso”.
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Como investir no Ibov?
Aqui, será detalhado um passo a passo para quem deseja investir “no” Ibovespa:
Escolher uma corretora: para investir nas empresas que compõem o Ibovespa – ou mesmo no BOVA11, o ETF já citado cima -, assim como em outros tipos de ativos, é necessário ter uma conta em uma corretora de valores. Porém, atente-se: duas questões devem ser verificadas. Primeiro, verifique se a instituição está autorizada a intermediar esse tipo de investimento. Segundo, mensure as outras ponderações citadas no tópico anterior.
Abrir a sua conta: este é um passo simples: basta cadastrar os seus dados pessoais, criar login e senha.
Transferir valor: transferir o valor necessário para a compra dos ativos em que você pretende investir de uma conta pessoal para a conta da corretora. Deve-se incluir nesse montante as taxas e os custos de operação.
Acessar a plataforma: entrar na plataforma de investimentos e escolher a opção “Home Broker”, meio pelo qual a negociação é feita. Nesse espaço, estarão todos os ativos disponíveis, seus preços e os gráficos com históricos.
Negociar: após fundamentar uma estratégia e entender seu perfil de investidor, deve-se digitar a sigla do ativo em que se deseja investir (em nosso exemplo, o BOVA11). Lembre-se de especificar a quantidade e o preço de compra. Por fim, é só aguardar até que a sua ordem seja executada.
Conclusão
Como vimos, o Índice Bovespa é o principal marcador de desempenho das ações da Bolsa de Valores no Brasil. Isso se deve ao fato de sua variação estar diretamente relacionada à confiança do mercado no potencial econômico do País.
Portanto, é fundamental, para o investidor, entender o seu funcionamento. Por meio do Índice Bovespa, pode-se analisar a economia e o comportamento do mercado como um todo.
A partir disso, é possível tomar decisões de compra ou de venda de ações.