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O Clube das Letras

Como nossa missão é te ajudar a entender cada vez mais o universo financeiro, cada sigla e oportunidade de investimento será explicada aqui neste espaço.

Hoje, vamos entender quais são as Letras mais conhecidas no mercado: as Letras de Câmbio (LC), as Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e as Letras de Crédito do Agronegócio (LCA).

Antes de começar, é importante que você saiba que cada um desses papéis representam uma dívida privada (que terá diferentes emissores em cada situação), cujo recurso é utilizado para financiar quem emitiu tal título. Ao final do período estipulado, a companhia paga uma remuneração previamente acordada.

Letras de Câmbio

Apesar de o nome sugerir um investimento atrelado ao dólar ou até ao euro, o sentido de câmbio aqui deve ser empregado como troca – não tendo relação com moedas.

Na verdade, as letras de câmbio são títulos emitidos por financeiras (sociedades de crédito, investimento e financiamento) e não por bancos ou pelo governo, como somos mais acostumados a ver por aí.

Letras de Crédito Imobiliário e do Agronegócio

Os bancos precisam de recursos para emprestar aos clientes e, por meio dessas letras, conseguem o valor necessário para direcionar ao setor imobiliário ou ainda fomentar o agronegócio.

Por isso, nada mais são do que títulos de renda fixa emitidos por bancos e lastreados por empréstimos destes dois setores tão importantes ao nosso país. São as famosas LCIs e LCAs. Na prática, para o investidor não há tanta diferença entre a letra imobiliária e a do agronegócio – apenas o lastro.

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A grande vantagem desses tipos de papéis é a isenção de Imposto de Renda. Por serem setores de suma importância para o Brasil, o governo optou por isentar a pessoa física que investir nestes títulos. Assim, consegue aumentar a sua demanda e movimentar mais os dois mercados, girando a economia.

Para você, significa a possibilidade de garantir uma rentabilidade líquida maior quando comparamos com títulos similares que contam, porém, com a incidência do imposto.

Rendimento

Na hora de realizar o seu investimento, você terá algumas opções: você pode saber previamente qual será o seu rendimento para papéis que contam com taxas prefixadas, ou optar por rendimentos pós-fixados, que rendem uma porcentagem do CDI, por exemplo.

Respeite os prazos. Não esqueça que para receber esses valores acordados, você deverá carregar os títulos até a data de vencimento estipulada no momento de contratação. Caso você queira vender a letra com antecedência, poderá receber taxas não tão atrativas.

Além de relembrar da clássica regra de bolso: quanto mais longo o prazo, maior costuma ser a rentabilidade paga para você.

Riscos

Quando falamos de créditos privados, todas essas L´s em questão, há o risco de crédito. Ou seja, de que o emissor “quebre” ou por qualquer outro motivo, não consiga honrar com a sua dívida.

Atualmente, há a garantia de R$ 250 mil por instituição financeira e de R$ 1 milhão para o período de um ano. Contudo, ainda que seja possível contar com essa possibilidade, não leve apenas esse fator em consideração na hora de realizar o seu investimento. Não há porque correr riscos desnecessários, não é mesmo?

Portanto, não dá para você sair aplicando em qualquer uma das letras, contenha a empolgação de taxas muito altas e tenha sempre uma pulga atrás da orelha, já que o risco está logo ali. Cada título deve ser analisado com muito critério e cuidado. Tenha em mente que cada um é um investimento diferente, ainda que pertençam a mesma classe de ativo e ao clube dos L´s.

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