A Neoenergia (NEOE3) divulgou seus resultados do 3T21 na noite de segunda-feira (25), após o fechamento do mercado. A companhia reportou bons números, com suas linhas de receita líquida, Ebitda e lucro líquido acima das expectativas.
Em termos de indicadores operacionais, verificamos um crescimento de 3,6% ano contra ano do volume de energia injetada pelas distribuidoras.
Desconsiderando a Neoenergia Brasília em 2020, antiga CEB, o crescimento foi ainda mais acentuado, de 15,8%, apontando uma recuperação de mercado em suas áreas de concessão.
Essa diferença ocorre uma vez que o controle societário direto da distribuidora passou a ser 100% incorporada à Neoenergia em março de 2021, com suas comparações com 2020 apresentadas no relatório sendo meramente proforma.
Ao analisarmos a abertura da energia distribuída, observamos que o consumo da classe industrial cativa juntamente com o mercado livre apresentou um aumento de 10,8% em comparação ao 3T20, influenciado pelo retorno das atividades econômicas.
Desconsiderando o consumo da Neoenergia Brasília pré-incorporação, este aumento foi de 18,9%. Ainda seguindo essa métrica, destacamos o crescimento do consumo residencial, de 12,6% ano contra ano, e comercial, de acentuados 26,1% na comparação anual.
Em relação às perdas totais (técnicas e não técnicas), observamos que estas seguem com trajetória de contração, com destaques para as distribuidoras Neoenergia Coelba (perdas totais 12 meses de 14,82%), Pernambuco (com 16,74%), Brasília (com 13,06%) e Elektro (com 6,16%).
Ademais, a despeito dos desafios do período, as distribuidoras menos eficientes do grupo, Neoenergia Coelba e Pernambuco, estão se aproximando novamente das metas regulatórias.
No que diz respeito ao segmento de transmissão, o desempenho operacional também foi positivo, tendo, em julho de 2021, entrado em operação comercial o primeiro trecho do lote 6 do leilão de dezembro de 2017 (Santa Luzia).
Em agosto, também entrou em operação o último trecho do empreendimento de Dourados (lote 4), com a Neoenergia tendo finalizado a entrega referente ao leilão de abril de 2017 com antecipação média de 15 meses em relação ao prazo regulatório e CapEx inferior ao orçado originalmente pela ANEEL.
No segmento de geração de energia, destacamos a entrada de 184 megawatts (MW) do Complexo de Chafariz no 3T21, o que impulsionou a geração eólica do período, que reportou alta de 12,48% em comparação ao 3T20.
Em relação à energia hidráulica gerada, esta apresentou contração de 4,09% no ano contra ano em razão da menor afluência do período, com impacto minimizado pelo seguro do GSF. Esta também foi compensada pela intensa geração térmica do período, 385,65% superior ao observado no mesmo período em 2020, motivado pelo maior despacho das plantas em virtude da atual crise hidrológica enfrentada pelo país.
Além disso, no tocante ao seu desempenho econômico-financeiro, pelos motivos expostos acima, apontamos um avanço da receita operacional líquida consolidada da companhia de 49% ao ano contra ano, acima das expectativas de mercado. Seu Ebitda e lucro líquido também apresentaram aumento significativo no período, com alta de 62% e 57%, respectivamente.
E Eu Com Isso?
Os resultados do 3T21 divulgados pela Neoenergia foram sólidos, acima das expectativas de mercado. Dessa forma, esperamos um impacto positivo no preço das ações da companhia (NEOE3) para o curto prazo.
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