A Iguatemi (IGTA3), uma das maiores empresas full service no setor de shopping centers do Brasil, divulgou, na noite de terça-feira (09), os resultados do terceiro trimestre de 2021, com operações ligeiramente acima do nível pré-pandemia, receita líquida maior do que 3T19, mas custos de aluguéis e serviços bem mais altos e prejuízo líquido no período.
Na parte operacional, a Iguatemi foi bem com destaques para: (i) utilização média do portfólio atingindo 99,1% no 3T21 e 100% em setembro/21; (ii) vendas totais atingiram R$ 3,3 bilhões no 3T21, crescimento de 82,7% em relação a 3T20 e 0,1% acima do 3T19, excluindo os shoppings vendidos em 2019 crescimento foi de 4,4%; (iii) vendas mesmas lojas (SSS) cresceram 7,8% e as vendas mesmas áreas (SAS) cresceram 4,4% no trimestre versus o 3T19, com 10 dos 16 shoppings crescendo sobre 3T19; e (iv) aluguéis mesmas lojas (SSR) cresceram 22,9% e os aluguéis mesmas áreas (SAR) cresceram 11,9% no 3T21 versus o 3T19.
Em suas linhas de receita, a Iguatemi também foi bem na (i) Receita Bruta de R$ 255,2 milhões um crescimento de 21,9% versus 3T19, resultado positivo vindo principalmente da linha de aluguel, com crescimento de 22,7% versus o 3T19, e receita de outros, que cresceu 191,5% versus o 2T19, crescimento puxado pela expansão da I-Retail e do Iguatemi 365, lançado no final de 2019; (ii) receita líquida cresceu um pouco menos, 16,5% acima do 3T20 e 16,3% versus 3T19, atingindo R$ 212,2 milhões no 3T21, em função da concessão de descontos ao longo do trimestre de acordo com o perfil do empreendimento e área de atuação de cada lojista.
Os custos de aluguéis e serviços aumentaram em 74,8% versus o 3T19, esse crescimento foi devido à expansão dos negócios de varejo (I-Retail) e Iguatemi 365, aumento dos custos com área vaga e do aumento da taxa de vacância se comparado ao 3T19.
O Ebitda fechou em R$ 139,1 milhões no trimestre, um aumento de 88,3% contra o 3T20 e -17,5% versus 3T19, considerando o Ebitda ajustado pelos shoppings vendidos em 2019.
Já o Ebitda considerando a linearização atingiu 153,5 milhões no trimestre, um crescimento de 14,5% contra 3T20, com margem Ebitda de 72,3% e -8.9% versus 3T19.
Ademais, o resultado financeiro líquido piorou bem, indo para R$ 211,5 milhões negativos, a maior parte vindo da marcação a mercado das ações da Infracommerce (IFCM3), pois no 3T21 as ações desvalorizaram 28,5% gerando um impacto negativo, não caixa, de 143 milhões. Excluindo o efeito da Infracommerce, o resultado financeiro teria sido de 75 milhões negativos ainda assim pior do que os 20,8 milhões negativos do 3T20. Isso ocorreu devido às despesas financeiras que aumentaram por conta do maior nível de endividamento bruto da companhia e aumento da SELIC.
E Eu Com Isso?
Os resultados do 3T21 da Iguatemi (IGTA3) foram mistos com parte operacional melhorando, principalmente, aluguéis mesmas lojas acima do 3T19 e o crescimento nas receitas bruta e líquida com a parte negativa vindo do forte aumento dos custos de aluguéis e serviços e as despesa financeira que impactaram negativamente, resultando em um prejuízo líquido.
Esperamos levemente positivos nas ações da companhia no curto prazo.
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