O Itaú (ITUB4) anunciou ontem (29) a criação de uma plataforma para ajudar gestoras de recursos, chamada iService. Essa nova plataforma tem como objetivo automatizar processos prestando serviços como boletagem das operações, custódia e liquidação de operações (clearing) feitas pelas casas junto às prestadoras de serviços.
Segundo o banco, esta ferramenta é o primeiro passo da integração entre custódia e corretora. Vale destacar que além da automatização de processos, o iService também é capaz de fornecer dados, ajudando os gestores na tomada de decisão de seus fundos.
O objetivo do banco com essa nova plataforma é ajudar na fidelização e na ampliação do consumo dos clientes da área de serviços a investidores do banco.
E Eu Com Isso?
A notícia, apesar de positiva, não deve trazer grandes impactos para as ações do Itaú (ITUB4) no curto prazo, isso porque a receita adicional deste serviço deve demorar para atingir uma participação relevante nos resultados do banco.
Enxergamos com bons olhos o movimento do Itaú, uma vez que o mercado de gestoras de recursos no país vem crescendo nos últimos anos, porém é importante ressaltar que essa nova solução mexe diretamente com o funcionamento das gestoras e por isso acreditamos que o crescimento deste serviço deve ocorrer de forma gradual.
Esse movimento é um mais um passo para a digitalização das operações da companhia e em sua estratégia de aumentar a participação no mercado de capitais, com a possibilidade de uma venda cruzada com a sua própria corretora, agregando valor para as gestoras que operam com o Itaú no dia a dia.
As ações do Itaú (ITUB4) vem sofrendo uma queda de 10,09 por cento em 2020. Mesmo após a alta de mais de 21 por cento em novembro, as ações ainda não voltaram aos patamares pré-crise.
Olhando para a frente, os principais riscos para os grandes bancos são: i) aumento da concorrência; ii) novo sistema de pagamentos (PIX) e; iii) possível aumento de impostos a ser discutido no Congresso Nacional.