A Hapvida (HAPV3) anunciou, na manhã desta sexta-feira (24), que 59% dos acionistas da HB Saúde aceitaram sua proposta de aquisição da empresa.
A última proposta da Hapvida foi de R$ 650 milhões por 100% da companhia, portanto o desembolso previsto neste primeiro momento será de R$ 383,5 milhões pelos 59% da companhia.
Segundo a companhia, ela segue disposta a adquirir o restante do capital dos outros acionistas nas mesmas condições.
O Grupo HB Saúde é constituído por uma operadora de saúde, um hospital, oito unidades ambulatoriais, uma clínica infantil, centros clínicos e de diagnóstico, além de medicina preventiva, centro oncológico e uma base de 129 mil beneficiários de saúde e 25 mil de plano odontológico, tendo registrado em 2020 receitas de aproximadamente R$ 300 milhões, com forte presença na região de São José do Rio Preto, a qual possui boa atividade econômica no interior de São Paulo.
Ademais, a conclusão da transação ainda deve ser aprovada pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) e pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), porém, não deve haver problemas nessa etapa.
Outra empresa que estava na disputa pelo Grupo HB é a SulAmerica (SULA11), que ofereceu proposta de valor inferior à Hapvida, de R$ 563 milhões.
De acordo com notícias veiculadas na mídia, cerca de 41% por cento dos acionistas da HB preferiram a oferta da SulAmérica, que apresentava melhores condições de pagamento por consulta aos médicos acionistas da empresa.
E Eu Com Isso?
A notícia é positiva para a Hapvida, que já é um dos maiores operadores de plano de saúde do país, e agora com a aquisição segue na direção de sua estratégia de buscar uma maior verticalização e escala, como as outras companhias do setor vêm fazendo.
Esperamos uma reação positiva nas ações HAPV3 e levemente negativa nas ações da SulAmerica (SULA11) após o desfecho da negociação.
De qualquer forma, as empresas do setor continuarão a buscar aquisições estratégicas em busca de uma consolidação do setor, que é ainda muito fragmentado, o que deve acirrar ainda mais a disputa por boas aquisições e aumentar o múltiplo pago pelas empresas.
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