A Hapvida (HAPV3) realizou na manhã de segunda-feira (07) um call para investidores e analistas para divulgar o guidance das sinergias esperadas resultantes da fusão com a Notre Dame (GNDI3). A nova companhia resultará em uma estrutura com 8,5 milhões de beneficiários, 81 hospitais, 7 mil leitos e 290 clínicas. Além disso, atuará em 19 das 27 capitais, abrangendo mais de 92% do PIB nacional.
Segundo a Hapvida, a operação vai gerar um acréscimo de R$ 1,4 bilhão de Ebitda por ano até 2024, sendo quase 60% advinda de sinergias de receitas causadas pela criação de um convênio médico nacional. A previsão é de que já em 2022, 40% das sinergias sejam capturadas e em 2023 por volta de 70%.
Além das sinergias de receita, a linha de custos, a partir de uma renegociação de contratos de suprimentos, deve trazer por volta de R$ 240 milhões de redução, e o SG&A das operações combinadas deve ter uma queda de quase R$ 340 milhões. As quedas nas linhas de custos e SG&A devem compor aproximadamente 40% das sinergias capturadas. Por outro lado, a companhia espera que os custos da operação girem em torno de R$ 150 milhões.
Ainda segundo a companhia, parte das sinergias com custos e despesas serão repassados aos clientes, reduzindo o preço de seus produtos e aumentando a competitividade da companhia, o que deve acelerar a expansão orgânica. Atualmente, o market share das duas operadoras em conjunto é de 18%.
As ações da Intermédica (GNDI3) deixarão de ser negociadas na B3 na segunda-feira (14), tendo suas ações integradas a da Hapvida (HAPV3) na sexta-feira (11).
E Eu Com Isso?
O guidance divulgado pela Hapvida frustrou o mercado, que esperava que as sinergias capturadas na fusão das operações viessem mais de melhorias operacionais do que de uma melhora nas receitas conjuntas. A companhia citou potenciais sinergias não consideradas como expansão de rede, aumento de verticalização, mas não deu números concretos e não evitou a queda de quase 5% no preço das ações no pregão de ontem.
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