A Cielo (CIEL3) divulgou os seus números do segundo trimestre de 2019 ontem após o fechamento do pregão. E não é o que o resultado da Cielo foi fraco e veio bem abaixo do esperado? E olha que a expectativa já era bem ruim…
O destaque negativo ficou por conta do lucro líquido que somou 431 milhões de reais no trimestre. Assim, observou-se uma retração de -33,3 por cento sobre o segundo trimestre de 2018 e -21,4 por cento na comparação com o 1T19. O número conseguiu ser pior que do já era esperado. A expectativa já capturava uma série de expectativas ruins em termos de preços com o aumento da concorrência (“guerra das maquininhas”).
O resultado teve um destaque positivo que merece ser mencionado. Na contramão, houve aumento do volume em +8,9 por cento. É o maior número recente de crescimento da Cielo (CIEL3), mas que foi financiado por descontos e alto custo de captação de clientes.
E Eu Com Isso?
O resultado divulgado é negativo para as ações da Cielo (CIEL3), que devem sofrer no curto prazo. Ontem, com os rumores de um resultado fraco, as ações fecharam em queda de -3,57 por cento. No ano, a queda acumulada é de -20,31 por cento. Desde a sua máxima, em 2015, a queda acumulada é de -73,88 por cento. É exatamente o que temos dizendo desde ano passado. Não dá para saber até quanto podem cair as ações (CIEL3) no curto prazo. Seria como tentar pegar uma faca caindo.
O principal fato que é o catalisador das ações no curto prazo é a chamada “guerra das máquinas”. O que temos visto é uma briga muito agressiva entre os concorrentes. No fim do dia, a qualidade do serviço prestado é parecida e o que o cliente olha é o preço cobrado. O mercado de pagamentos pode ser ainda mais disruptivo nos próximos anos, o que geraria mais problemas para a Cielo, pois entre as suas concorrentes, ela sem sombras de dúvidas é menos tecnológica das empresas.