A companhia aérea Latam (OTC: LTMAQ) anunciou, na noite desta quarta-feira (29), que conseguiu mais um financiamento de até US$ 750 milhões como parte do plano de saída do Chapter 11 (Capítulo 11) da lei das falências dos Estados Unidos que a mesma precisou recorrer no ano passado.
Em de maio de 2020 e à luz dos efeitos da Covid-19 na indústria de aviação mundial, a Latam e suas afiliadas no Chile, Peru, Colômbia, Equador e Estados Unidos, entraram com um pedido coletivo de proteção voluntária nos termos do Estatuto de reorganização financeira do Chapter 11 dos Estados Unidos.
Segundo a companhia, o financiamento inclui as atuais parcelas A e C, nos valores de US$ 1,3 bilhão e US$ 1,15 bilhão, respectivamente, sendo que a companhia já utilizou 1,65 bilhão de tais parcelas.
A obtenção dos recursos se deu através da linha de crédito da parcela B do DIP Financing, que possibilitará à Latam levar seu custo de financiamento a melhores condições dentro do Chapter 11. A linha de crédito possui condições mais competitivas do que as linhas obtidas para as parcelas A e C, que possuem taxas mais elevadas.
E Eu Com Isso?
A notícia é positiva para a Latam (OTC: LTMAQ), visto que o processo de reorganização oferece à companhia a oportunidade de trabalhar com os credores e outros stakeholders para reduzir seu endividamento, acessar novas fontes de financiamento e continuar operando, ao mesmo tempo que permite adaptar seus negócios à nova realidade.
A Latam chegou a reduzir suas operações em até 95% em decorrência da pandemia, encerrando o exercício de 2020 com um prejuízo líquido de US$ 4,54 bilhões.
Ainda segundo Ramiro Alfonsín, vice-presidente financeiro da Latam, a companhia tem recebido diversas ofertas de investidores para se juntar ao processo do Chapter 11, o que poderá possibilitar que a Latam acesse melhores condições de financiamento.
Ademais, a Azul (AZUL4) estaria esperando a Latam apresentar seu plano de recuperação para propor acordo com os credores do grupo no Chile, além de tentar adquirir as operações da Latam Brasil.
A Azul chegou, inclusive, a manifestar sua intenção de adquirir toda a operação ou até mesmo criar uma joint venture com a operação no Chile.
A Latam nega interesses em tais negociações com a Azul, com quem chegou a fechar um acordo de compartilhamento de voos com a companhia, mas que foi encerrada rapidamente.
Em relação sobre uma possível fusão com a Azul, o presidente da Latam Brasil, Jerome Cadier, diz não enxergar a consolidação do setor como uma solução viável neste momento.
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