A CSN Cimentos, da Companhia Siderúrgica Nacional (CSNA3), é apontada como favorita para levar os ativos do Grupo Holcim (antiga LafargeHolcim e maior cimenteira do mundo) no Brasil.
A empresa está saindo do país e pretende levantar entre US$ 1 bilhão e US$ 1,5 bilhão com a venda de dez unidades industriais, além de centros de distribuição e pedreiras.
Apesar de a CSN ser favorita, a Polimix pode surpreender e levar os ativos. Devido à alta concentração de mercado no setor, o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) pode impor “remédios” na transação, para que nenhuma empresa tenha uma fatia de mercado muito grande.
Ademais, a Votorantim Cimentos (líder no mercado) e a Intercement, vice-líder, também manifestaram interesse, porém com estas mirando um possível fatiamento dos ativos, o que pode não ser tão atrativo para a Holcim. CSN e Polimix miram a aquisição de 100%.
E Eu Com Isso?
A notícia tem um viés positivo para a CSN (CSNA3), caso a aquisição seja efetivada pela companhia, que pode aumentar consideravelmente sua produção e tomar o lugar de terceira maior cimenteira do país, visto que a Holcim hoje é a terceira maior produtora no Brasil, à frente da própria CSN Cimentos.
Recentemente, a CSN adquiriu a Cimento Elizabeth por R$ 1,08 bilhão, adicionando em seu portfólio uma fábrica com capacidade para produzir 1,3 milhão de toneladas ao ano e uma mineradora de calcário.
Mesmo após o adiamento de sua abertura de capital (IPO) devido às condições do mercado, a CSN Cimentos ainda possui uma dívida saudável e um caixa robusto, o que a deixa em boas condições para acelerar sua expansão e preparar para uma janela mais favorável para uma abertura de capital, principalmente em um momento muito favorável para o setor, que deve crescer entre 6% e 7% neste ano.
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