A Câmara dos Deputados já começa a articulação nos bastidores para a eleição da Presidência da Casa, que ocorrerá em fevereiro do ano que vem. O deputado escolhido pelos seus pares irá substituir Rodrigo Maia, que não pode, pela Constituição, concorrer à reeleição.
As discussões se intensificaram após o Planalto se aproximar de líderes do Centrão, sinalizando que Bolsonaro tentará promover um candidato governista para o comando da Casa. Parlamentares da oposição e grupos não ligados ao governo já se movimentam para criar uma alternativa ao nome do governo.
Entre os nomes ventilados para a cadeira, estão o de Marcos Pereira (SP), presidente do Republicanos, do líder do PP, Arthur Lira (AL), e do líder da Maioria da casa, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB). Bolsonaro vem conversando com os dois primeiros nomes, enquanto Aguinaldo é mais ligado ao grupo de Maia. O Partido Progressista, inclusive, segue dividido internamente quanto à escolha de nome. Nomes como Capitão Augusto (PL-SP), Fábio Ramalho (MDB-MG) e Alessandro Molon (PSB-RJ) também aparecem nos bastidores.
O adiantamento precoce das discussões sobre a sucessão de Maia mostra a importância dada pelo governo à cadeira. De fato, o Presidente da Câmara tem competências fundamentais no processo legislativo e pode ser o melhor aliado, ou o pior pesadelo, de um governo. O nome vencedor terá importante peso para os dois anos restantes de atuação do governo no Legislativo, mas ainda é muito cedo projetar qualquer cenário do pleito.
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