O ano de 2022 começa com pelo menos quatro empresas de energia renovável com ativos à venda no país. Dentre as companhias, destacamos a Ibitu, com capacidade instalada de 877 megawatts (MW), a Rio Energy (485 MW), a Renova Energia (3,62 GW) e a EDP Renováveis (12,6 GW). Com foco em geração hídrica e eólica, principalmente, as empresas têm atraído interesse de outros grupos do setor de energia elétrica e de gestoras de investimentos.
Além de grupos locais, estas têm também atraído o interesse de investidores internacionais, que buscam atender a demanda global crescente por energia limpa e maior aderência às práticas ESG (sigla em inglês para Ambiental, Social e Governança).
De fato, foram fechadas, apenas em 2021, cerca de 22 transações com este intuito no setor, com valor de negócio de R$ 16 bilhões. Para este ano, a previsão é que as transações desse perfil somem R$ 20 bilhões.
Controlada pela gestora americana Castlelake, a Ibitu tem seus ativos avaliados entre US$ 900 milhões e US$ 1 bilhão, segundo levantamento realizado recentemente. A Rio Energy, controlada pelo grupo americano de private equity Denham Capital e que desistiu de realizar oferta pública de ações (IPO, na sigla em inglês) no ano passado, tem seus ativos avaliados em cerca de R$ 6 bilhões.
No caso da Renova Energia, a empresa se encontra em recuperação judicial desde 2020, tendo já vendido uma fração do seu portfólio para liquidar parte de seu débito no mercado – caso da venda do ativo Brasil PCH, por R$ 1,1 bilhão. A companhia ainda possui uma dívida de R$ 2 bilhões e deve continuar se desfazendo de alguns negócios.
Já a EDP Energias do Brasil (ENBR3), que adquiriu no ano passado 100% da AES Inova, visa a venda de ativos operacionais para bancar novos investimentos. Recentemente, esta colocou à venda uma usina hidrelétrica do Espírito Santo e outras duas do Amapá.
E Eu Com Isso?
Após uma série de investimentos realizados no segmento de renováveis no ano passado, verificamos que o mesmo segue aquecido para 2022, com usinas eólicas, hídricas e fotovoltaicas despertando forte interesse de investidores locais e estrangeiros.
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