A transmissora de energia elétrica Taesa (TAEE11) divulgou na noite desta quarta-feira (11) seus resultados referentes ao segundo trimestre de 2021.
Seus números vieram mistos, com suas linhas de receita líquida e EBITDA em linha com o esperado, porém tendo frustrado expectativas em relação ao seu lucro líquido, impactado por uma menor equivalência patrimonial no período.
A receita líquida foi de R$ 402,4 milhões no 2T21, na comparação com os R$ 386 milhões reportados no 2T20, uma alta de 4,3% no ano contra ano.
O avanço da linha se deve principalmente ao reajuste inflacionário do ciclo 2020-2021, de 6,51% no IGP-M e 1,88% no IPCA, considerando a variação entre os períodos de julho de 2020 a junho de 2021.
Em relação ao Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), o crescimento foi de 4,5% na comparação anual (2T21 x 2T20), registrando R$ 331,1 milhões no trimestre encerrado, com margem de 82,3%.
Ademais, as despesas financeiras líquidas somaram R$ 172,4 milhões, registrando um aumento anual de 521,6%, resultado do aumento do IPCA e do menor volume de caixa registrado no período.
O lucro líquido da Taesa foi de R$ 111,9 milhões no 2T21, um recuo de 56,6% na comparação com o mesmo período de 2020.
A linha veio abaixo das expectativas, tendo sido principalmente impactada por um resultado de equivalência patrimonial bem abaixo do esperado (queda de 43,1% quando comparado ao 2T20).
A queda foi motivada pela redução de 50% na RAP (receita anual permitida) da ETAU, Transleste, ERTE e ENTE, do grupo TBE.
Além disso, o caixa da Companhia ficou em R$ 729,3 milhões (uma queda de 29,3% na comparação com o 1T21), resultando em uma dívida líquida de 5,9 bilhões (alta de 13,6% no trimestre).
Já a relação da dívida líquida sobre EBITDA da Taesa, consolidando proporcionalmente as empresas controladas em conjunto e coligadas, ficou em 4,6 vezes no 2T21 ante 3,3 vezes no 2T20.
Por fim, a Taesa pagou R$ 1,03 bilhão entre dividendos e JCP no primeiro semestre de 2021, referente aos dividendos adicionais remanescentes de 2020 no valor de R$ 561,9 milhões e dividendos e JCP sobre o resultado do 1T21 no valor de R$ 466,6 milhões.
E Eu Com Isso?
A transmissora apresentou resultados mistos, com suas linhas de receita líquida e EBITDA em linha com as expectativas, porém decepcionando com um lucro líquido abaixo do esperado.
A linha sofreu com uma menor equivalência patrimonial para o período, motivado pela redução da RAP de algumas de suas subsidiárias.
De fato, os contratos de transmissão da Taesa licitados entre 1999 e 2006 (Categoria II) previam a redução de 50% da RAP a partir do 16º ano de operação comercial das instalações, fator que se refletiu negativamente neste resultado.
Esperamos, portanto, um impacto neutro a levemente negativo nas ações da Taesa (TAEE11) no curto prazo.
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