A Petrorecôncavo (RECV3), a mais nova das chamadas Junior Oils (pequenas companhias do óleo) a ser listada em Bolsa, vem avaliando uma possível oferta subsequente de ações (Follow-on), que, combinada a uma captação via dívidas, mira a compra de mais campos sendo desinvestidos pela Petrobras.
O objetivo é principalmente aumentar a oferta de gás natural dentro do seu portfólio, com os campos na mira tendo um grande potencial de produção dessa commodity, que vem em demanda crescente no país.
A companhia já assinou três contratos de compra de campos no valor total de US$ 606 milhões (em torno de R$ 3,7 bilhões), e os recursos levantados no IPO (R$ 1,2 bilhão) já têm destino definido.
E Eu Com Isso?
A companhia finalizou o segundo trimestre deste ano com alavancagem financeira negativa de 0,92 vezes, ou seja, com posição de caixa maior que o endividamento, com resultados gradualmente crescentes, o que coloca a companhia em posição confortável para uma rodada a mais de captação.
Com a combinação de oferta de ações com emissão de dívida, em caso de sucesso, a Petrorecôncavo manterá a saúde financeira ainda estável e saudável, permitindo ir com mais agressividade na expansão de seu portfólio de campos maduros.
Nos últimos dias, o setor de petróleo vem sofrendo com a queda dos preços internacionais, além de um risco Brasil adicional, que vem derrubando as ações da companhia (RECV3) e seus pares.
Entretanto, os preços ainda seguem em patamares rentáveis para a companhia, afastando o risco de geração de caixa para complementar o financiamento de seus projetos e investimentos daqui em diante.
Enxergamos a sinalização de captação como positiva e, embora os campos maduros já possuam uma previsibilidade de produtividade com possibilidade de ampliação da eficiência e baixo risco de execução, a precificação de fato dos ativos adquiridos, no preço das ações, deve se dar de maneira gradual no tempo.
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