A Mili, importante fabricante de papéis higiênicos da região Sul, tornou-se alvo da Suzano (SUZB3) e de outras gigantes estrangeiras do setor. As outras empresas interessadas no negócio, além da Suzano, seriam a americana Kimberly-Clark (dona das marcas Neve e Scott) e a CMPC, empresa chilena, que estariam com planos de adquirir a empresa para aumentar seu market share, em especial em regiões com renda mais elevada e de maior consumo.
No ano passado, a Mili apresentou um faturamento de R$ 1,1 bilhão e lucro de R$ 120,4 milhões, e entre as indústrias com capital 100% nacional ela é bastante disputada atualmente.
A Mili tornou-se um ativo bastante relevante principalmente após a venda das empresas Santher e Sepac (que eram companhias nacionais) para companhias estrangeiras.
A Suzano estreou no segmento de produtos acabados de papel sanitário em 2017, e já é dona das marcas Mimmo e Max Pure. A companhia é vista hoje como a maior interessada na aquisição da Mili, visto que o ativo seria parte de um projeto estratégico de ampliação de sua participação no Sul do país.
Até o momento a Mili não possui um processo formal de venda, porém, estaria aberta a negociações, com valor inicial para uma negociação estipulado em cerca de R$ 1 bilhão.
A Mili está no mercado há mais de 38 anos e conta com cerca de 2 mil funcionários diretos entre as três fábricas que a companhia possui (Santa Catarina, Paraná e Alagoas). Ademais, a empresa produz, além de papel higiênico, fraldas descartáveis, absorventes, toalhas umedecidas, guardanapos e toalhas de papel.
E Eu Com Isso?
Vemos a possível aquisição da Suzano como positiva, podendo ganhar uma participação maior em um segmento de maior valor agregado.
Atualmente, o share de Suzano em produtos acabado de papel sanitário é de cerca de 10%, tendo mais força no norte e nordeste. A aquisição faria com que a Suzano se tornasse mais forte no sul e sudeste, regiões com maior poder aquisitivo e também mais disputadas.
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