Na semana que vem, inicia-se o primeiro de uma sequência de três leilões de contratação de energia que ocorrem até dezembro deste ano.
Como objetivo destes, vemos a cobertura das necessidades de médio e longo prazo do sistema elétrico, além de um novo modelo emergencial direcionado ao atual cenário de crise hídrica.
O primeiro leilão a ser realizado em setembro, conhecido como A-5, visa a expansão do parque gerador no médio prazo, no qual o projeto deve ser entregue no prazo de cinco anos, em 2026.
Em outubro temos um segundo leilão, este denominado leilão emergencial, que visa a compra de energia de reserva a prazos mais desafiadores, organizado às pressas como mais uma medida de enfrentamento à crise hídrica.
Neste certame, a proposta seria adquirir mais energia para o sistema entre 2022 e 2025, de modo a aliviar a atual condição das hidrelétricas, ajudando na recuperação de seus reservatórios.
Adicionalmente, os projetos precisarão estar na região Sudeste/Centro-Oeste e Sul, submercados que mais têm necessitado de geração de energia, o que limita a participação de certas geradoras.
Por fim, ocorre em dezembro o último leilão programado para 2021, de reserva de capacidade, modelo totalmente dedicado às termelétricas.
Neste modelo, apelidado de “leilão das térmicas”, o certame visa a contratação de mais potência para o sistema elétrico a partir de 2026.
Estas geradoras também devem ter mais oportunidades no modelo de licitação emergencial, embora os prazos estipulados para a entrega sejam mais arrojados.
E Eu Com Isso?
Os leilões para contratação de energia anunciados para os próximos meses são positivos para o setor. Não projetamos impacto imediato em nenhuma ação de empresas de utilities, porém o sucesso desses leilões proporcionará maior segurança futura para o sistema integrado e, portanto, agregará valor a todas essas companhias no longo prazo.
Ademais, embora a competição possa ser acirrada, geradoras listadas, como AES (AESB3), Engie (EGIE3), Eneva (ENEV3) e Omega (OMGE3), poderão cadastrar projetos disponíveis nos certames e, assim, expandir seu portfólio, com potencial geração de valor aos acionistas.
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