Nesta segunda-feira (25), será realizado o leilão emergencial para contratação de energia elétrica, motivado pela acentuada escassez de chuvas do período.
O certame foi estruturado de modo a contratar usinas que consigam oferecer energia rapidamente ao sistema elétrico nacional, sendo esta uma medida apaziguadora aos atuais riscos de potência e racionamento.
Ao todo, o leilão conta com uma oferta de 927 projetos cadastrados, totalizando 62 gigawatts (GW) de potência, com a maioria se tratando de térmicas movidas a gás natural e com os empreendimentos devendo se conectar nos submercados Sudeste/Centro-Oeste ou Sul.
A quantidade de energia a ser contratada permanece sigilosa, entretanto, sendo essa uma decisão exclusivamente do governo.
Ainda segundo as regras do certame, os projetos devem começar a fornecer energia a partir de maio de 2022 – um prazo muito curto para se colocar de pé empreendimentos de grande porte, com apenas sete meses para o feito.
O governo ainda dividiu os produtos a serem contratados no leilão como contratos de quantidade, com térmicas já entrando em operação gerando energia na base do sistema, e como contrato de disponibilidade, que seria uma reserva de capacidade para o sistema.
Segundo os termos do certame, o primeiro contrato visa contratação de térmicas movidas a biomassa, eólica e fotovoltaica, com preço inicial de R$ 347 por megawatt-hora (MWh), enquanto o segundo visa contratação de geradoras movidas a gás natural, óleo diesel e óleo combustível, com preço inicial de R$ 1.619 por MWh.
E Eu Com Isso?
O procedimento do leilão de hoje traz similaridades com o realizado na época do apagão de 2001, trazendo como novidade a oferta também de renováveis e térmicas de diferentes fontes.
Nesse contexto, é importante ressaltar que os preços de energia para ambos os contratos de quantidade e disponibilidade estão elevados neste certame, o que irá pressionar ainda mais a tarifa energética.
—
Este conteúdo faz parte da nossa Newsletter ‘E Eu Com Isso’.
—