Levante Ideias - Trump e China

EUA proíbem aplicativos chineses

Nesta terça-feira (5) o presidente Donald Trump assinou uma ordem proibindo transações com oito aplicativos ligados à China. Dentre eles está o Alipay, app do Alibaba (BABA) e Ant Group, além de outros ligados à Tencent Holdings (TCEHY).

O argumento é de os aplicativos acessam informações pessoais de forma indevida, com capacidade de “rastrear a localização de agentes federais e contratados e constituir relatórios com tais informações pessoais”.

O pedido entra em vigor daqui a 45 dias, quando Joe Biden já deverá ter tomado posse da Presidência americana. Por ora, um juiz federal emitiu uma liminar anulando tal ordem. O governo federal americano apelou da decisão.

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Entendemos como negativo para os mercados o estremecimento de relações comerciais entre países com grande poderio econômico, como Estados Unidos e China. Porém, no curto prazo, não esperamos impacto relevante no preço das ações das empresas atingidas. O risco regulatório das suas atuações nos Estados Unidos foi mitigado pela decisão judicial americana, além do provável arrefecimento da disputa entre os países com a vitória do democrata Biden.

Mais um duro golpe para Jack Ma, fundador do Alibaba Group, que não é visto em público desde que o governo chinês anunciou tanto a suspensão do IPO de 35 bilhões de dólares do Ant Group (“fintech” da gigante do varejo eletrônico) quanto o início das investigações antitruste contra o Alibaba.

Nesta primeira semana de janeiro, três gigantes chinesas de telecomunicação estiveram próximas de serem deslistadas da Bolsa de Nova York devido a um decreto aprovado por Trump em novembro, que proibia investimentos em companhias associadas a órgãos militares chineses.

Além disso, durante boa parte de 2020, o aplicativo chinês TikTok foi alvo de polêmicas envolvendo o governo Trump, que buscava banir o aplicativo ou forçar a sua venda para alguma empresa americana.

Apesar de utilizar o argumento de uso indevido de dados, invasão de privacidade dos usuários, na nossa visão a conotação geopolítica acaba prevalecendo na interpretação de tais disputas.

Aparentemente, há uma questão estratégica também do governo Trump nas suas últimas semanas à frente da presidência dos Estados Unidos. “Tumultuando” a relação comercial com a China, Trump “joga para sua torcida” e deixa a “bomba” cair no colo do seu sucessor.

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