Na manhã desta sexta-feira (10), a Companhia Siderúrgica Nacional (CSNA3), divulgou em Fato Relevante a aquisição de uma das grandes cimenteiras atuantes no Brasil, a LafargeHolcim.
A transação está avaliada em US$ 1,025 bilhão, perto do piso da faixa de avaliação do mercado dos ativos da Lafarge.
A compra vem pouco tempo depois da aquisição da Elizabeth Cimentos por R$ 1 bilhão há cerca de dois meses e acelera o crescimento da CSN Cimentos antes da possível abertura de capital (IPO).
Com a aquisição, a CSN Cimentos se torna a segunda maior produtora de cimento do país, com capacidade nominal de 16,3 milhões de toneladas no ano (18,5% de participação de mercado), atrás apenas da Votorantim Cimentos, ainda a líder absoluta no segmento com 37% de participação de mercado.
A transação será efetivada com metade via troca de ações e a outra metade via emissão de dívidas. A avaliação, olhando para a métrica de preço do ativo por produção anual, a Lafarge foi avaliada em US$ 99,5 por tonelada, bastante abaixo dos US$ 140 por tonelada na compra da Elizabeth Cimentos e ainda menor que a avaliação de algumas cimenteiras listadas em bolsas internacionais como a Cemex, que opera na faixa de US$ 180 por tonelada.
Ademais, essa negociação já vem desde o fim de 2020, quando a própria Lafarge decidiu abrir um processo concorrencial envolvendo diversas companhias interessadas nos ativos, sendo a CSN e o grupo Polimix (quinta maior do Brasil) as finalistas do processo.
E Eu Com Isso?
A aquisição dobra a capacidade de produção da CSN Cimentos e também seus resultados, segundo estimativas do mercado, podendo dobrar de maneira instantânea também o Ebitda.
Com isso, de acordo com o último balanço divulgado pela CSN, a contribuição no Ebitda total da companhia pela divisão de cimentos chegaria a 3,5% do total, chegando a R$ 280 milhões no trimestre no setor, que tiveram presença tímida no leilão de hoje.
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