Na minha última coluna eu mencionei o grande volume de recursos que deve entrar na Bolsa de Valores em 2019: R$ 350 bilhões. Esse fluxo deverá elevar bastante o volume médio negociado e mudar o patamar do mercado de renda variável no Brasil.
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Com o retorno do fluxo de investidores estrangeiros, devem voltar também as ofertas de ações de novas empresas na Bovespa (IPO’s) e as ofertas subsequentes (follow-on) de empresas já listadas que buscam mais capital no mercado para financiar o seu crescimento.
Equipe dos sonhos na área econômica
Até agora o mercado financeiro tem visão positiva sobre o verdadeiro time dos sonhos na equipe econômica do governo de Jair Bolsonaro. Joaquim Levy na presidência do BNDES, Roberto Campos Neto na presidência do Banco Central, Mansueto Almeida permanece no Tesouro Nacional, Roberto Castello Branco foi confirmado na presidência da Petrobras, Rubem Novaes no comando do Banco do Brasil e Pedro Guimarães na Caixa Econômica Federal.
Tamanho da Bolsa de Valores está bem menor
Iremos terminar 2018 com o mesmo número de empresas de capital aberto observado em 2006: 341 companhias listadas, um dos números mais baixos da história. Várias empresas grandes fecharam o capital (ex: Redecard, Souza Cruz, Arteris), fato que aumentou a concentração do mercado.
Oferta de ações em 2018
Em 2018, algumas empresas preferiram abrir o capital na Bolsa de Valores em Nova York, caso das empresas de meio de pagamento Pagseguro (US$ 2,2 bilhões) e Stone (US$ 6,7 bilhões), e da Arco Educação (US$ 850 milhões), que podem ser consideradas fintechs.
Foram realizadas apenas três operações de abertura de capital (IPO) na Bovespa em 2018: Hapvida (R$ 3,4 bihões), Intermédica (R$ 2,7 bilhões) e Banco Inter (R$ 656 milhões).
Potencial de ofertas de ações em 2019
O presidente da B3, Gilson Finkelsztain, espera que 30 empresas realizem Ofertas Públicas Iniciais (IPO) em 2019, com volume estimado em R$ 60 bilhões. Já as 15 ofertas subsequentes (follow-on) que estão na fila para o próximo ano podem somar mais R$ 70 bilhões. Dessa forma, o volume total de oferta de ações poderia atingir R$ 130 bilhões até o final de 2019.
O CEO do banco BTG Pactual, Roberto Sallouti, afirmou em evento com investidores o seu otimismo com a retomada das ofertas de ações: “As empresas têm projetos engavetados e vão precisar de capital”.
Aberturas de capital ficaram para o início de 2019
Devido às condições de mercado, as seguintes ofertas de ações que estavam programadas para a primeira quinzena de dezembro de 2018 acabaram adiadas para o início de 2019: Banco BMG e Tivit. Outras empresas também devem abrir o capital na Bovespa no início de 2019: Aginbank e a MRV Logística (cisão da construtora MRV Engenharia).
Segunda leva de novas empresas na Bolsa
As seguintes empresas estão na fila para abrir seu o capital na janela de IPO no início de 2019 até junho: Ri Happy, Centauro, JHSF Malls, Bunge Açúcar, Dass e Grupo Almeida Junior.
Mercado de capitais aquecido
Segundo estimativa da equipe análise de mercado da Bloomberg, o volume de transações no mercado de capitais (oferta de ações, dívida e operações de fusão e aquisição) pode chegar a R$ 122 bilhões em 2019.
Eu chego ao final do texto e cito uma música do rei Roberto Carlos, O Portão, para falar sobre os IPO’s na Bovespa:
“Eu voltei, agora pra ficar… porque aqui, aqui é meu lugar…”
A ‘volta para o futuro’ das ofertas de ações é parte importante do ciclo virtuoso do crescimento do mercado de renda variável no Brasil, com aumento de fluxo de investidores e que pode colocar o Brasil novamente como a bola da vez dentre os mercados emergentes.
Com esse grande fluxo de recursos direcionados para o investimento em ações, pode haver uma grande janela de oportunidade para você obter alta rentabilidade na Bolsa. Conheça o produto As Melhores Ações e saiba quais são as 7 ações recomendadas por mim na série.