Conceituada no setor de telecomunicações, a Oi (OIBR3, OIBR4) é uma empresa que, apesar de ter quase 60 milhões de clientes, vem passando por certas dificuldades. Dívidas, renovação tecnológica do setor e outros fatores têm provocado algumas opiniões divergentes acerca de seus papéis.
Em suma, se a sua intenção for ganhos de curto prazo, a empresa pode até representar uma boa oportunidade (e isto, é claro, com as análises necessárias e quando o foco for eventos pontuais de ganhos). Entretanto, para aqueles que querem ganhos de longo prazo, a melhor escolha são empresas mais sólidas e que possuem um histórico saudável, o que torna o investimento mais seguro e duradouro.
Neste artigo, a fim de esclarecer melhor o que você deve levar em conta ao cogitar investir nas ações da Oi, falaremos sobre a companhia em si, o histórico de seus papéis e, também, as perspectivas futuras para a empresa.
Para saber tudo sobre ações e tornar-se um grande investidor na Bolsa de Valores, baixe agora o nosso e-book gratuito sobre o tema.
Não perca tempo! Clique no botão abaixo para ter acesso ao conteúdo.
Uma breve história
Fundada oficialmente em 2002, a Oi começou suas operações com a privatização da Telemar, em 1998. Vale ressaltar que o sucesso foi grande no ano de seu lançamento, com 1,4 milhão de clientes. Em período posterior (2008), a companhia fundiu-se com a Brasil Telecom.
Com a fusão, a Oi, que já controlava boa parte do setor de telefonia fixa e móvel no Brasil, implementou diversas inovações tecnológicas – à época -, tais como: a rede 3G, a TV móvel pelo celular etc.
Hoje, a empresa possui cerca de 57 milhões de clientes. Durante décadas, a Oi consagrou-se no mercado. O seu êxito nessa empreitada é reconhecido, apesar do difícil momento atual: atualmente, a companhia está entre as cinco maiores do ramo na América do Sul.
História das ações da Oi
O histórico de ações da Oi, desde que a empresa abriu o seu capital, possui uma relativa volatilidade — o conhecido “sobe e desce da Bolsa”.
Os papéis, que começaram sendo ofertados por aproximadamente R$ 12,00, já chegaram a variar de aproximadamente R$ 80,00, pouco antes de 2013, a até menos de R$ 1,00 (em março, as ações chegaram a cair para R$ 0,40).
Ao procurar pelas ações da Oi, o investidor encontra dois tipos: OIBR3 e OIBR4. O primeiro tipo refere-se às Ações Ordinárias (ON), que dão direito a voto em assembleia; já o segundo refere-se às Ações Preferenciais (PN), que dão preferência no recebimento de proventos (na maior parte dos casos, dividendos).
Como os últimos anos não foram os melhores para a empresa, resolvemos separar alguns pontos positivos e negativos sobre os seus papéis para ajudar você a entender melhor a situação atual.
Pontos negativos
Para se ter uma ideia, a receita líquida da companhia no último trimestre de 2019 foi menor que a do ano retrasado, o que pode ser visto como um mau sinal. Também há a questão de que, desde 2013, a Oi está em recuperação judicial e não distribui dividendos.
Outro ponto que pode prejudicar a valorização das ações são as mudanças tecnológicas do setor de telefonia. Agora, existe mais concorrência, dificultando um pouco a ampliação de mercado.
Pontos positivos
Neste ano, a Oi tomou algumas decisões que refletiram – e ainda refletem – na valorização de seus papéis. Recentemente, a companhia vendeu 25% da Unitel, sua empresa angolana de telecomunicações. Para muitos investidores, o negócio indica mais capital entrando na empresa.
Ela também divulgou que há interesse de outras empresas em comprar a sua parte ligada ao setor móvel. A notícia fez com que suas ações subissem 15%.
Principais cuidados ao investir nas ações da Oi
Para investir em ações com segurança, é fundamental analisar bem a empresa de sua escolha. Geralmente, três focos dessa análise são: o histórico dos preços, o nível de endividamento e a rentabilidade.
No caso da Oi, por exemplo, avaliar o preço de seus papéis é fundamental para aproveitar o melhor momento de compra, quando as ações possuem um bom preço e a tendência é de alta – o que traz melhores oportunidades de ganho.
Além disso, o nível de endividamento pode ser crucial para saber se a empresa terá capital suficiente para fazer investimentos, entre outras coisas – fator importante para a sua valorização. A Oi tem um largo histórico de dívidas e está em recuperação judicial – é necessário considerar esse fato.
Em relação à rentabilidade, as altas do passado não são garantia de um futuro promissor. O mercado muitas vezes não segue uma linha reta, podendo ter algumas variações ou ser impactado de modo a mudar certas tendências. Sendo assim, a conclusão é que é importante ter cautela com as ações da Oi justamente pelas condições da empresa atualmente, ainda em estado de recuperação – como já dito anteriormente.