Oi (OIBR3 e OIBR4): crise na empresa
Um novo ingrediente da crise da Oi (OIBR3 e OIBR4). Tudo indica que a carta encaminhada pelo maior acionista da companhia ao Conselho de Administração pedindo a cabeça do CEO por discordância em como tocar as operação foi a gota d’ água de um processo interno doloroso. Rumores na imprensa apontam que o processo de substituição do CEO já estava em curso. A carta serviu apenas para expor o impasse para o mercado.
O dia a dia do acionista da Oi não tem sido fácil. As ações desabaram quase -50 por cento desde a divulgação de seu resultado há uma semana. Quase todo dia ao abrir os jornais uma notícia diferente sobre a complicada situação da empresa: a divulgação dos fracos resultado operacionais, a possibilidade de intervenção da Anatel, a necessidade de captar 2,5 bilhões de reais para manter a operação rodando, a dificuldade no andamento do Projeto de Lei Complementar que está travado no Senado e agora o caso da substituição do CEO.
Olhando de fora, parece uma mistura de episódios de Suits com Billions. Aqui um parêntese cultural: são dois seriados que abordam temas do mercado financeiro, como trading, informações privilegiadas, fusões e aquisições. Vale assistir. Tem lá no Netflix.
Impactos na prática
Após a divulgação da carta pedindo a cabeça do presidente da Oi por seu maior acionista, saiu na imprensa que já era estudado um plano para saída de Eurico Telles. O plano consistia na contratação de um COO que trabalharia junto com o CEO e, em seguida, o substituiria. O pedido de contratação do COO chegou a ser protocolado junto à Justiça, MP e o administrador judicial.