Por Denis Matheus, auditor sênior
Está em dúvida entre comprar uma bicicleta ou casar?
Este questionamento no mundo dos investimentos é muito mais comum do que você pode pensa. Sabe por quê?
Quem nunca conheceu alguém que não sabe se – dado o atual momento da Bolsa brasileira – é o momento de tomar mais risco e começar a investir em ações ou se é melhor continuar só na renda fixa mesmo?
BAIXE AGORA: COMO COMEÇAR A INVESTIR
Pois é, mesmo os mais conservadores estão pensando em mudar os seus investimentos diante da mudança de cenário e consecutivas disparadas da Bolsa. Ao mesmo tempo, têm muito receio em investir nesse tipo de produto.
Afinal de contas, qual seria o investimento ideal.
- LEIA também: A vez das debêntures
- Destrinchando o tal do BREXIT
Primeiros passos
Primeiramente, é importante que você também tenha em mente que o primeiro passo na vida do investidor é ter uma “reserva de emergência”. Para tanto, você deve optar por algum investimento de renda fixa e com alta liquidez.
E para que serve essa tal reserva de emergência? Para utilizar em casos de despesas não esperadas, perda de emprego ou qualquer outro tipo de imprevisto. O ideal é acumular entre cinco a dez meses das despesas mensais para essa reserva – o valor exato dependerá mais de seu momento de vida atual.
Depois de constituir a reserva de emergência é que começa uma fase de autoconhecimento e adaptação entre as partes de renda fixa e variável. No entanto, o mais importante é conseguir separar uma parcela para realizar as aplicações mensalmente.
Você deve sempre “se pagar” para acumular os recursos mais facilmente. O conceito de “se pagar” deve ser entendido como remunerar a si mesmo, antes de pagar suas obrigações mensais.
Ou seja, separar um valor para investir antes de suas despesas mensais. Apenas assim você conseguirá manter a disciplina mensal e poupar todos os meses.
Perfil conservador, moderado, agressivo…
Lembrando – sempre – que cada investidor possui um tipo de perfil, tem um horizonte de tempo para investir diferente, aportes mensais… O ideal é não ter medo dos riscos e, ainda que o seu perfil seja conservador em todos os questionários de perfil de risco (suitability), não acreditar que determinados produtos não sejam para você.
Que tal começar a investir em ações com 1% de tudo o que possui? Caso você esteja tranquilo com isso, vá aumentando gradualmente a sua exposição ao risco – claro, já com um teto pré-estabelecido.
Dicas quentes
Na hora de escolher quais ações comprar ou qual fundo de investimento escolher, nada de seguir aquelas “dicas quentes” de amigos. Você deverá pesquisar sobre a empresa antes de tomar a decisão de comprar e, no mundo ideal, buscar ajuda de algum especialista em renda variável para a sua escolha.
Portanto, é possível tomar um pouco mais de risco em sua carteira de investimentos, com cautela e sempre observando limites de seus recursos e o quanto de risco consegue aceitar.
Apenas investindo em renda variável que você saberá como é conviver com oscilações de mercado e assim entenderá como irá reagir. Lembrando que você mesmo é a pessoa mais importante para ser paga com seu salário. Crie o habito de poupar seu dinheiro de forma regular!