Bom resultado de outubro anima o Ibovespa
A esperada festa pelos mercados brasileiros na segunda (29) não aconteceu. A queda de mais de 2 por cento do Ibovespa após a eleição de Bolsonaro surpreendeu, parte pelo movimento de realização dos lucros dos investidores locais. A outra parte foi graças aos mercados externos, principalmente por conta das tensões da disputa comercial entre Estados Unidos e China, que mais uma vez voltaram. Mas o tom mais ameno nas negociações voltou, com Trump sinalizando que espera que um “grande negócio” seja realizado com a China.
No geral, o mês de outubro foi bem negativo para os mercados ao redor do mundo. No entanto, o último dia do mês foi positivo e ajudou a recuperar os prejuízos por aqui. Isso porque o dia 31 foi positivo para os mercados do principal país do mundo, os EUA. A alta foi embalada por resultados de empresas positivos do terceiro trimestre.
Por aqui, o Copom optou na quarta (31) por manter a Selic em 6,5 por cento (como já esperado) e ainda apontou que está confortável com o atual patamar do juro. Ou seja, a precificação de altas na curva de juros pode não se efetivar.
O Ibovespa fechou outubro como o segundo melhor mês do ano para o índice, que registrou alta de 10,19 por cento. Além do recorde de giro financeiro, foi registrada a maior média mensal da história (13,3 bilhões de reais).
E Eu Com Isso?
Com a confirmação da eleição de Bolsonaro para presidente, esperava-se uma segunda-feira de explosão na Bolsa, fato que não aconteceu porque os investidores acabaram optando por resgatar os lucros. No restante da semana, no entanto, a Bolsa deu uma resposta positiva aos anúncios do governo de transição e às mudanças sugeridas pelo novo presidente, inclusive com a confirmação de Sergio Moro como ministro da Justiça. Tudo indica ainda que a Bolsa vai seguir a tendência de alta e bater novos recordes.