A XP Inc. (Nasdaq: XP) apresentou, nesta terça-feira (8), após o fechamento dos mercados, o seu resultado completo do quarto trimestre de 2021. A companhia já havia apresentado uma forte prévia operacional em meados de janeiro. Ainda assim, vemos mais alguns predicados interessantes no relatório divulgado.
Conforme antecipado, a XP fechou o 4T21 e o ano com R$ 815 bilhões em ativos sob custódia (AuC), crescimento de 24% frente ao 4T20. Trimestre contra trimestre, o crescimento foi de 3,2%, bem mais tímido, mesmo que anualizando a taxa.
No 4T21, a captação líquida foi de R$ 48 bilhões (41 bilhões no ajuste pelas custódias concentradas, consideradas extraordinárias e menos previsíveis), uma média mensal de 16 bilhões ou 13,6 bilhões no ajustado. Enxergamos esta média mensal como positiva e na mesma faixa (13~16 bi/mês) das apresentadas ao longo de 2021. Assim como no 3T21, as condições de mercado atrapalharam o crescimento do AuC. Pelas nossas contas, a depreciação no valor dos ativos impactou em ~22,5 bilhões o total do volume assessorado.
A receita líquida do 4T21 foi de R$ 3,26 bilhões, crescimento de 36% na comparação anual e em linha com as expectativas. O principal destaque foi no varejo, cujo crescimento foi de 46%. No mix, este acaba sendo o mais importante, pois representa mais de 75% da receita total da XP.
O resultado operacional medido pelo Ebitda após ajustes foi de R$ 1,39 bilhões, crescimento de 56% e margem de 42,7%, expansão de 5,4 pontos percentuais. Já o lucro líquido foi de R$ 1,08 bilhões, crescimento de 51% e margem de 33,3% (expansão de 3,2 pontos percentuais).
E Eu Com Isso?
Como de praxe, a XP apresentou números fortes e superiores ao esperado. Desde o seu IPO a companhia superou as expectativas médias para receita e lucro em todos os trimestres. Acreditamos que o relatório de resultados e a performance ruim da ação mesmo após a prévia de janeiro abre espaço para valorização das ações “XP/XPBR31” no curto prazo.
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