Desenvolvedora de unidades de processamentos gráficos (GPUs), a Nvidia (NVDA/NVDC34) anunciou, ainda no ano passado, a aquisição da ARM, companhia britânica de arquitetura de chips com foco em dispositivos móveis. Além das gigantes de tecnologia, como a Qualcomm, a Apple e a Amazon, as comissões dos EUA, da União Europeia e do Reino Unido.
A principal preocupação é de natureza competitiva. A ARM (não listada) possui diversos acordos operacionais de licenças com empresas do setor, como a Qualcomm, a Apple e a própria Samsung, além da Tesla, que é cliente direta da ARM.
Com isso, o principal temor é que, após adquirir a ARM, a Nvidia possa aumentar o preço dos chips ou não fornecer suporte técnico para outros fabricantes concorrentes.
Ou seja, a verticalização “proposta” pela Nvidia traria um risco relevante para a dinâmica da indústria, desfavorecendo os benefícios de um ambiente de competição no mercado.
Nos últimos dias, foi noticiado que Nadine Dorris, membra do parlamento britânico e secretária do estado, pediu uma investigação “fase 2”, diminuindo cada vez mais a chance do acordo entre as duas realmente sair.
O antecessor de Dorris, Oliver Dowden, já havia feito um documento de 10 páginas para a CMA, o equivalente ao Cade na Inglaterra, alegando que a aquisição prejudicava consideravelmente a concorrência no setor.
E Eu Com Isso?
Claramente, os clientes da ARM, que em algum grau são concorrentes ou serão num futuro próximo da Nvidia, querem que ela continue “livre” e com a sua operação neutra, atendendo as diversas empresas do setor de semicondutores.
Além disso, a operação segue encontrando opositores no parlamento britânico, o que diminui ainda mais a chance de sucesso da operação.
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