A XP Inc (XP) apresentou, nesta terça-feira (03), após o fechamento do mercado, os seus resultados do segundo trimestre de 2021.
A companhia já havia divulgado em sua prévia operacional os principais indicadores do trimestre, o que deveria tornar o resultado mais previsível, ainda assim, acreditamos que os números vieram acima das expectativas, especialmente em termos de Ebitda, lucro líquido e margens.
Entre os principais destaques estão o crescimento de 57% na receita líquida em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, atingindo R$ 3,2 bilhões de reais no 2T21.
Além disso, o Ebitda ajustado da companhia atingiu R$ 1,24 bilhão no trimestre, representando um crescimento de 77% em relação ao 2T20.
A margem operacional fechou o período em 41,3%, expansão de 4,6 pontos percentuais.
O varejo – responsável por 77% da receita líquida total – cresceu 66%, mantendo as taxas de comissão (take rate) dos últimos 12 meses estáveis em 1,3%.
Ademais, o maior destaque do resultado foi o crescimento de 83% no lucro líquido do trimestre em relação ao mesmo período de 2020, impulsionado também por uma alíquota de imposto anormalmente baixa (7,1%).
E Eu Com Isso?
Os números apresentados foram bons, com lucro líquido e margens acima das expectativas do mercado.
Acreditamos em um impacto positivo no preço das ações (XP na Nasdaq) no curto prazo.
A companhia vem mostrando sua capacidade de expansão de margem, crescendo suas receitas em um ritmo muito acima de seus custos, caraterística típica de empresas de tecnologia.
O aumento da rentabilidade no curto prazo é ainda mais impressionante quando consideramos o forte ritmo de contratação de funcionários nos últimos anos, com 115% de aumento no número de colaboradores desde o IPO no final de 2019.
Outro destaque no mix foi a receita do institucional, que vinha crescendo a taxas tímidas. O resultado foi beneficiado pelo aumento da receita vinda de renda fixa, beneficiada pela maior alocação no segmento com o aumento da taxa Selic no trimestre e com a expectativa de uma continuidade desse aumento até o final do ano.
Por outro lado, na nossa avaliação, o único destaque negativo foi o aumento na despesa com remuneração de ações (SBC) de 264%, totalizando R$ 147 milhões.
Porém, no 1T21 já havia sido comunicado o aumento em tal despesa, necessária para reter seus agentes autônomos, peças fundamentais na estratégia de crescimento de longo prazo.
Por fim, o NPS (Net Promoter Score) fechou o período em 76 pontos, 2 pontos acima do 1T21.
O NPS mede a satisfação dos clientes com o serviço prestado por determinada empresa e é especialmente importante para a companhia considerando sua estratégia de oferecer uma experiência para seus clientes superior aos grandes bancos.
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