A Johnson & Johnson (JNJ) apresentou, nesta terça-feira (22), os seus resultados do segundo trimestre de 2021. Os números vieram bons, com destaque para a receita líquida e a margem bruta.
A receita líquida totalizou US$ 23,3 bilhões, crescimento operacional ajustado de 23,8% ano contra ano. Geograficamente, o resultado foi um pouco mais forte nos Estados Unidos, com crescimento de 25,1% contra 22,4% no resto do mundo.
Na análise por segmento, destaque para a retomada dos Dispositivos Médicos.
A margem bruta aumentou de 65% para 67,9% na comparação anual, enquanto a margem pré-impostos (EBT) fechou o trimestre em 30,9%, 4,1 pontos percentuais a mais que no mesmo período de 2020.
O lucro por ação ajustado foi de US$ 2,48, aumentou de 48,5% e acima das expectativas, que giravam em torno dos US$ 2,29.
E Eu Com Isso?
O resultado da Johnson foi bom e, ao nosso ver, a reação do mercado não foi à altura do bom trimestre apresentado. Assim, acreditamos que há espaço para maiores valorizações nas ações JNJ no curto prazo.
Questões inerentes à atividade farmacêutica têm detratado a performance na ação recentemente, além do ceticismo com a possível menor eficácia da vacina da Janssem contra as variantes Lambda e Delta, voltou a pressão regulatória associada aos problemas com opioides e do talco para bebês.
Neste trimestre, a receita oriunda do imunizante totalizou US$ 164 milhões. A companhia espera uma receita total de US$ 2,5 bilhões com a vacina ainda em 2021 (cerca de 2,7% da receita anual total), à medida em que se acelera a produção e acaba o período de venda a preços baixos.
Em termos de segmentos, grata surpresa com os Dispositivos Médicos, sensíveis à agenda de procedimentos cirúrgicos de maior complexidade e, portanto, à pandemia.
O crescimento foi de 57,2% e, mesmo com uma base de comparação frágil, pode ser considerado surpreendente. Consumidor Geral (das marcas mais conhecidas do varejo) e farmacêutico desempenharam bem, com crescimento de 9,2% e 13,6%, conforme esperado.
Outro ponto positivo foi a revisão do guidance (projeção) dos resultados para o ano com premissas mais otimistas.
Além da revisão de receitas, foi revista a previsão para margem operacional, resultado financeiro e consequentemente o lucro por ação.
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