Na última terça-feira (13), a Companhia Brasileira de Alumínio (CBAV3), uma das maiores produtoras integradas de alumínio do Brasil, controlada pelo grupo Votorantim, precificou sua estreia na Bolsa a R$ 11,20 por ação, um desconto de 20% em relação ao piso da faixa indicativa inicial (R$ 14 a R$ 18), levantando R$ 1,6 bilhão.
Com isso, a companhia sai avaliada a R$ 6,7 bilhões em valor de mercado na largada, e a demanda contou com gestoras importantes como Brookfield, Dahlia, Occam e Schroders.
As ações da CBA começam a ser negociadas quinta-feira (15) na B3.
E Eu Com Isso?
A CBA estreia com múltiplo EV/Ebitda para 2021 de cerca de 5,0 vezes, um prêmio considerando o múltiplo de Vale (VALE3) em torno de 3,0 vezes e Alcoa (gigante americana do Alumínio) em torno de 4,3 vezes.
Porém, isso indica um crescimento de Ebitda não tão agressivo como as grandes produtoras de commodities no país, especialmente no segmento do minério de ferro e aço.
O ponto mais sensível que pode ter balizado o desconto na oferta inicial é a crise hídrica no país, afetando os preços e o volume de geração de energia elétrica, que pode minar os resultados promissores puxados pela alta forte dos preços do alumínio no mundo e do câmbio favorável para commodities no Brasil.
A produção de alumínio é muito intensiva em energia elétrica e a companhia já emitiu um parecer que pode reduzir a sua produção e, a depender do cenário, seja necessário comprar alumínio no mercado para atender aos contratos, de modo que os próximos trimestres podem ser prejudicados.
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