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Análise da prévia operacional da Vale (VALE3)

Na noite desta segunda-feira (19), após o fechamento de mercado, a Vale, uma das maiores mineradoras do mundo, divulgou seus resultados operacionais do primeiro trimestre deste ano.

A produção de minério de ferro melhorou devido à forte recuperação das atividades dos sistemas Sul e Norte, com a Serra Norte e Leste. A recuperação deveu-se à queda no número de interrupções na produção provocadas pelas chuvas, algo que não foi prejudicado apesar das paradas para manutenção no sistema S11D, em Carajás-PA, a principal região de expansão da companhia

A produção total de minério de ferro ficou em 68 milhões de toneladas, cerca de 14,2 por cento acima do 1T20. Já na produção de pelotas de minério (pellets) de maior valor agregado, houve redução de cerca de 11,7 por cento, chegando a 6,29 milhões de toneladas, porém bastante em linha com o volume de vendas deste produto, que ficou em 6,27 milhões de toneladas.

No segmento de metais básicos a produção de níquel ficou em 48,5 milhões de toneladas, 13,2 por cento ou 4,7 milhões de toneladas abaixo em relação ao 1T20. Porém, considerando-se o fim das operações de Nova Caledônia (VNC), a produção veio ligeiramente acima. A companhia completou o processo de venda de ativos na VNC, uma das principais operações consumidoras de caixa, o que é uma notícia positiva, mesmo com queda na produção.

A produção de cobre também veio cerca de 18 por cento abaixo em relação ao mesmo período do ano anterior, com falhas técnicas nas duas principais minas produtoras no Brasil, alcançando 76,6 milhões de toneladas, porém também bem em linha com o volume de vendas de 71,2 milhões de toneladas.

E Eu Com Isso?

O resultado operacional da Vale foi regular e um pouco abaixo das expectativas de mercado em termos de vendas, mas foi compensado por uma melhora na produção.

Esperamos impacto positivo no preço das ações (VALE3) no curto prazo, com a companhia sinalizando que deve atingir o guidance de produção para este ano (315 milhões a 335 milhões de toneladas de minério de ferro) sem grandes preocupações, já operando com capacidade de 327 milhões de toneladas por ano, ajudado pela retomada de plantas paralisadas até então na região de Mariana (MG).

Esse resultado operacional da Vale deverá impulsionar a forte geração de caixa da companhia esperada no resultado do 1T21 a ser divulgado em 26 de abril.

Sazonalmente o primeiro trimestre costuma ser mais fraco, sobretudo em volume de vendas, com as paradas devido ao inverno mais rigoroso no principal mercado consumidor de minérios (China) e o Ano Novo chinês. Ciente dessa sazonalidade, a comparação entre os 1T de cada ano se torna mais adequada.

Olhando para o volume de vendas houve um bom crescimento no produto mais rentável que é o minério de ferro, com a queda de 1,04 milhões de toneladas de pelotas sendo compensada pelo aumento de 8,4 milhões de toneladas de minério fino.

O resultado pode animar o mercado em relação aos fundamentos da companhia, uma vez que o preço médio apresentado neste 1T21 está praticamente o dobro do praticado no ano anterior. No último fechamento da cotação, nesta terça-feira (20), o minério de ferro alcançou 169 dólares por tonelada, no contrato para setembro (o mais líquido atualmente), na bolsa de Dalian, na China, que atua como balizador da cotação internacional do minério.

A combinação do crescimento no volume de vendas, continuidade no consumo de minério de ferro pela China, que possui meta de dobrar o PIB em pouco tempo, dá mais uma evidência de uma geração de caixa espetacular para 2021.

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Leia mais sobre a empresa: Vale (VALE3): Resultado do 4T20.

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