A Log CP divulgou em Fato Relevante, na noite deste domingo (21), a aprovação do Conselho de Administração para realização de uma nova rodada de oferta primária de ações, a fim de levantar recursos para financiar o seu plano de expansão. A oferta será restrita (CVM 476) aos investidores profissionais e institucionais.
Inicialmente serão ofertados 16 milhões de novas ações, podendo ser acrescida de mais 5,6 milhões de ações (35 por cento da oferta inicial) a critério da companhia.
Com o último valor de fechamento das ações da companhia (LOGG3), a 31,34 reais por ação, a oferta poderá levantar cerca de 501,4 milhões até 676,9 milhões de reais.
O roadshow (apresentação da oferta aos investidores) e o procedimento de bookbuilding (coleta de ofertas de interesse) iniciam nesta segunda-feira (22) e vão até o dia 31 de março (mesmo dia da fixação do preço final), com a data de corte no dia 26 de março para lançar as ofertas. Poderão exercer o seu direito de prioridade na oferta os acionistas com posição nas duas datas de corte (19 e 26 de março).
O limite de subscrição proporcional varia entre 0,156642 e 0,211467, ou seja, cada acionista que tiver 100 ações de LOG CP (LOGG3) poderá subscrever (comprar) de 15 a 21 ações conforme a quantidade de ações ofertadas.
E Eu Com Isso?
Acreditamos que a oferta pode pressionar as ações da Log CP (LOGG3) para baixo no curto prazo, com a companhia injetando cerca de 20 por cento de sua quantidade de ações atual no mercado, além dos investidores buscarem um bom custo-benefício para investimento no procedimento de bookbuilding, movimento típico em Follow-ons, apesar de ser positiva para a companhia que conseguirá captar o mesmo montante de recursos da última oferta com emissão de menor quantidade de ações.
Esta será a segunda oferta subsequente de ações (Follow-on) desde a abertura de capital e listagem das ações em bolsa (IPO). Em Outubro de 2019 a companhia levantou cerca de 640 milhões de reais a 22,50 reais por ação.
A Log CP vem surfando a onda de maior necessidade por infraestrutura no e-commerce brasileiro, com as grandes varejistas principalmente, demandando cada vez mais agilidade e capilaridade nas entregas e ganho de eficiência no giro de seus ativos.
A companhia anunciou um aumento em 40 por cento em seu guidance de Capex (investimentos em capital fixo), mais do que dobrando a sua capacidade de Área Bruta Local próprio (ABL) até 2024, com previsão de investimento de cerca de 2 bilhões de reais até lá.
Hoje a companhia possui cerca de 1,1 milhão de m² de ABL, com 900 mil m² próprios, com cerca de metade dos galpões locados para as grandes varejistas de e-commerce como Magazine Luiza (MGLU3) e Via Varejo (VVAR3), ambas empresas em franca expansão.