A Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) (CSMG3) entrou na semana passada no rol de desestatização do BNDES. Porém, para que a empresa de fato possa atingir a meta de universalizar o acesso água e esgoto até 2033, condição básica do marco legal do saneamento, a empresa calcula que precisará investir entre 22 bilhões e 25 bilhões de reais.
Para atingir esta a meta, a empresa precisará, necessariamente, buscar novos investimentos privados.
A possibilidade de privatização da Copasa, ainda que cheia de entraves, é algo que vem animando os investidores recentemente. A nova legislação, que busca ampliar a participação de empresas privadas no setor de saneamento básico, já foi aprovada pela Câmara, mas ainda aguarda votação do Senado. Porém, mesmo sem a aprovação, a companhia vem se preparando para cumprir os requisitos que passarão a ser exigidos.
O governo estadual vem defendendo uma venda completa da empresa, mas a análise do BNDES poderá apontar outros formatos, como concessões ou Parcerias Público Privadas. Hoje, a Copasa já é uma empresa mista, com ações negociadas na Bolsa. O Estado, porém, ainda detém o controle, com 50,04 por cento das ações.
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