“O líder das reformas no Brasil”
Foi com essas palavras que o ex-presidente do Banco Central e atual presidente do conselho de administração do Credit Suisse, Ilan Goldfajn, anunciou a entrada de Rodrigo Maia para um evento promovido pelo banco. O presidente da Câmara dos Deputados participou de um bate-papo com o presidente do banco, José Olympio, cujo tema tangenciou a agenda do governo e as perspectivas de reformas no Congresso para 2020.
De vários temas abordados – Maia não poupou críticas a ministros como Abraham Weintraub, da Educação, e Ricardo Salles, do Meio Ambiente –, destacamos três: a privatização da Eletrobras; a reforma administrativa; e as eleições municipais.
Com relação à privatização da estatal de energia, Maia afirmou que o processo é difícil e deve esbarrar nas eleições municipais, uma vez que há muitos funcionários ligados à empresa espalhados pelo Brasil, e a velocidade de tramitação no Senado. Para o democrata, o projeto já deveria estar na Câmara, mas infelizmente, não andou no Senado no fim do ano passado.
Ainda sobre as eleições, Maia disse que o impacto na agenda legislativa é menor do que os setores da sociedade estão esperando. Nesse sentido, ele acredita que o andamento da reforma tributária vai ser célere, mesmo com o pleito no segundo semestre. Isso vale também para a reforma administrativa, cuja entrega é esperada pelo presidente da Câmara e outros deputados para a semana que vem.
O papel de Maia como fiador das reformas para 2020 será essencial, mas o próprio deputado reconhece que o governo também tem papel fundamental nesse processo. Os comentários do presidente da Câmara são positivos, com exceção à questão da Eletrobras.
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