Mercado financeiro vê CDS nas mínimas em cinco anos

Mercado financeiro vê CDS nas mínimas em cinco anos

O mercado financeiro é algo que julgo único no mundo, com regras e dinâmica próprias. É como se fosse uma janela com a visão para o futuro. Os investidores buscam insights, notícias, dados e informações de bastidores para identificar com antecedência o que vai acontecer com os ativos financeiros nos próximos meses e anos. E, com tais perspectivas, formam o preço de hoje.

Algo que olho muito para formar minha opinião é o chamado risco Brasil. Uma medida para avaliar o risco soberano nacional é o CDS (Credit Default Swap), que nos entrega um panorama de como os investidores globais enxergam nossa economia. O CDS está na cotação mais baixa dos últimos 5 anos – isso quer dizer que a percepção de risco dos investidores internacionais está baixa, o que obviamente é muito positivo.

Só o que chama atenção é que esse menor risco ainda não está precificado na Bolsa e no dólar. Encontro uma explicação. No meu ponto de vista, o grosso do dinheiro (principalmente estrangeiro) virá depois da reforma da Previdência e, ainda mais, quando o país voltar a ter grau de investimento (investment grade), que acredito que virá em até 12 meses após a questão previdenciária ser resolvida. Ou seja, até outubro de 2020 o Brasil passará por um momento único com uma enxurrada de investidores do mundo por aqui. O movimento vai impulsionar a Bolsa e baratear o dólar. Está na hora de aprimorar os investimentos de acordo com esse cenário. 

Vida que segue. Nesta sexta-feira foi a vez da China de reduzir a taxa de juros de curto prazo, como já esperado. Os bancos estão fazendo de tudo para manter o nível de liquidez global alto ao introduzir estímulos para o crescimento econômico.

A Guerra Comercial segue nos mesmos ritmos de idas e vindas. O encontro marcado entre americanos e chineses de médio escalão se tornou uma reunião para marcar outra reunião. Com direito a troca de “gentilezas”. Um conselheiro do governo americano chegou a dizer que Trump está pronto para subir o tom e que pode elevar as tarifas sobre bens chineses para 50 ou 100 por cento, caso não cheguem em um acordo logo. Continuamos acompanhando.

Por aqui, o monitoramento é de até quanto o dólar pode chegar sem a intervenção mais forte do Banco Central (BC). O real tem mostrado o pior desempenho entre divisas emergentes, e o que é importante a ser monitorado agora é se ultrapassa o limite de 4,20 reais, que havia sido estipulado como uma marca de quanto a moeda pode se valorizar sem que tenha impactos na inflação. Além disso, o mercado financeiro local ainda aguarda um anúncio sobre o descontingenciamento de verbas pelo governo federal.

Duas dicas de conteúdo para você sextar ainda mais bem informado.

Hoje saiu reportagem no site Valor Investe sobre o impacto da baixa da Selic nos investimento, com minha participação

O especialista Eduardo Guimarães liberou hoje no canal do Youtube da Levante sua conversa com Thiago Alonso, CEO da incoporadora JHFS. Vale (muito!) acompanhar. 

E Eu Com Isso?

O dia que tinha tudo para ser positivo ontem teve seu brilho ofuscado pelo aumento da tensão Guerra Comercial. Em meio a este cenário, após esta tensão, teremos um dia positivo para os ativos locais.

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