Investidores preocupados com desaceleração
Hora de respirar fundo e entender os estragos provocados pela queda de quase 3 por cento na Bolsa de ontem. Fatores externos influenciaram o tombo, especialmente os indícios de uma desaceleração global.
O primeiro deles foi a sequência de dados negativos nos Estados Unidos, especialmente os dados da indústria e da criação de postos de trabalho.
Os investidores também estão preocupados com a decisão da Organização Mundial de Comércio que autorizou os Estados Unidos a impor à União Europeia 7,4 bilhões de dólares anualmente em tarifas e outros compromissos por subsídios dados ao bloco à Airbus, que prejudicou a americana Boeing.
Trump não perdeu tempo. Já anunciou que vai começar a impor novas tarifas a produtos europeus a partir de 18 de outubro. Ninguém sabe como os europeus vão reagir, ainda mais em um cenário de guerra comercial global.
O humor azedo influenciou as bolsas asiáticas. Queda no Japão (-2,01 por cento) e na Coreia do Sul (-1,95 por cento) e leve alta em Hong Kong (+0,26 por cento). Os mercados chineses seguem fechados por causa do feriado.
O efeito das baixas na Ásia aqui no mercado brasileiro deve ser amenizado pela boa notícia da conclusão da reforma da Previdência em primeiro turno no Senado. Muito da baixa no Ibovespa de ontem ocorreu por causa do receio dos investidores de que a reforma fosse prejudicada na votação dos destaques apresentados pelos senadores – na terça-feira à noite, só para lembrar, a oposição impôs uma derrota ao projeto do governo. Não ocorreu. A economia estimada segue em 800 bilhões de dólares em 10 anos. Com isso, a bolsa brasileira deve respirar mais aliviada nesta quinta-feira, recuperando parte das perdas.
E Eu Com Isso?
Ibovespa tem tudo para se recuperar hoje depois da sessão bastante negativa de ontem.
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