Atualmente, a taxa básica de juros Selic está em 3,5% ao ano, mas as estimativas são de alta para os próximos meses.
De acordo com o Relatório Focus, divulgado toda segunda-feira pelo Banco Central, espera-se que ao final de 2021 a taxa alcance o patamar de 5,50% ao ano.
Entre agosto de 2020 a março de 2021 os juros no Brasil foram mantidos na mínima histórica, de 2% ao ano.
Então, com essa trajetória prevista de alta, o que muda nos investimentos?
Neste artigo você verá:
- onde investir com a taxa básica de juros Selic em alta;
- como saber as melhores estratégias para diversificar a carteira de investimentos.
Onde investir com a taxa básica de juros Selic em alta?
A Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira. Suas altas e baixas influenciam todas as taxas de juros que são praticadas no Brasil, desde as cobradas pelos bancos em empréstimos até as recebidas por meio dos investimentos.
Quando essa taxa está alta, aumentam-se os ganhos nos investimentos em renda fixa que ofereçam remuneração baseada em juros, como títulos públicos, CDBs, Fundos DI, entre outros.
Agora que a taxa básica de juros Selic voltou a subir, então, é hora de migrar para a Renda Fixa?
Bom, não é bem assim… Na verdade, talvez, a realidade que se viu no Brasil anos atrás, quando a taxa se encontrava na casa dos dois dígitos e, por consequência, investir em renda fixa trazia ganhos consideráveis, nunca volte.
Dessa forma, o retorno acaba não compensando, com alguns investimentos de Renda Fixa perdendo para a inflação (ou seja, nesse caso, haveria um retorno real negativo).
\Mesmo que ela suba para perto disso, o investidor brasileiro entendeu as vantagens da Renda Variável, que seriam: maior rentabilidade (no geral), diversificação, entre outras questões.
Então, mesmo com a alta prevista nos próximos anos — pelo menos até 2022 —, a tendência é que o portfólio de investimentos dos investidores ainda se mantenha diversificado e parcialmente alocado em ações, Fundos, entre outros, para a obtenção de ganhos.
É nessa linha, então, que trazemos os setores mais impactados pela alta da Selic neste momento — e em 2021 como um todo.
Seguradoras e Bancos
A alta da taxa básica de juros Selic beneficia diretamente as seguradoras, pois vai elevar o resultado financeiro proveniente dos rendimentos do caixa e das aplicações financeiras, que estão majoritariamente investidos em renda fixa (CDI).
As seguradoras são obrigadas a manter uma reserva técnica de caixa em montante alto para garantir a cobertura dos potenciais sinistros (acionamento do seguro) de toda a sua carteira, de modo a preservar a alta liquidez nesta reserva.
Por esse motivo, grande parte do lucro líquido é sensível à variação da taxa básica de juros.
No caso dos bancos, a alta nas taxas pode aumentar o “spread”, com crescimento direto na margem financeira bruta, além do crescimento do resultado da linha de seguros de sua própria carteira.
O spread bancário é a diferença entre o custo de captação do banco e as taxas cobradas nas operações de concessão de empréstimos. Esse custo de captação corresponde à taxa de remuneração dos depósitos à vista e a prazo dos correntistas.
Por exemplo: a poupança e os CDBs, em grande parte atrelados ao CDI e/ou à taxa básica de juros.
Construção Civil
O aumento da Selic também pode afetar a demanda por imóveis no médio prazo. Em suma, existe a possibilidade de um aumento no custo do financiamento imobiliário devido à esperada elevação da taxa Selic até o final de 2021 (projeção de 5% ao ano no período).
Olhando para o contexto atual especificamente, as grandes construtoras seguem com ritmo acelerado de obras e lançamentos, a fim de aproveitar ao máximo esta demanda aquecida para vender o quanto antes e capitalizar este ciclo.
Porém, essa forte demanda por materiais de construção e disputa cada vez mais acirrada por terrenos em boa localização, vem aumentando cada vez mais os custos de obras, ajudado pelo ciclo positivo de commodities e câmbio nas alturas, que tornam o aço e cimento, entre outros insumos, cada vez mais caros.
Com um possível movimento de alta no custo dos financiamentos (enxugando a demanda gradualmente), número alto de lançamentos e custos em trajetória ascendente, o cenário não se pinta como tão favorável para o setor no médio prazo, podendo gerar uma disputa por compradores que podem minar as margens das construtoras.
As empresas que mantiverem disciplina de capital e rápido ritmo de venda de construção, com portfólio de alta qualidade, podem sobressair neste cenário em detrimento das construtoras que tentam apenas surfar o momento, sem levar em conta uma estratégia bem planejada para a execução das operações.
Como saber a melhor estratégia para diversificar a carteira?
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