Um olho no Congresso, outro nos EUA
A terça-feira será bastante movimentada no âmbito da política. Com duas agendas muito importantes em locais diferentes, as atenções estarão divididas entre a votação do veto ao Orçamento Impositivo, em Brasília, e a Super Terça das primárias democratas, nos EUA.
As 14h, o Congresso Nacional se reúne para analisar e votar vetos do presidente Bolsonaro. Entre eles, o veto parcial ao projeto de lei aprovado pelos parlamentares que inclui o chamado orçamento impositivo na Lei de Diretrizes Orçamentárias. Está em jogo um montante de cerca de 30 bilhões de reais de despesas discricionárias que, atualmente, são de competência do Executivo. Caso o veto seja derrubado, seria obrigatória a destinação desse valor aos deputados e senadores – tornando o desafio de reduzir as despesas do governo ainda mais difícil.
Enquanto isso, eleitores democratas de 15 estados vão às urnas hoje escolher quem eles consideram a melhor opção para concorrer à Presidência dos EUA contra o republicano Donald Trump. A Super Terça leva esse nome pois decide cerca de um terço dos delegados (representantes dos eleitores, já que a votação no país é indireta) que irão, nas convenções nacionais do partido, eleger o nome do candidato. Ainda estão no páreo os democratas: Joe Biden, Bernie Sanders, Michael Bloomberg e Elizabeth Warren.
Ao que tudo indica, por aqui, o veto do presidente será mantido. Seria necessário maioria absoluta das duas casas (Câmara, 257 votos, e Senado, 41 votos) para a derrubada do veto e os senadores não devem corroborar com tal cenário. Evidentemente, houve uma negociação do governo com o presidente Davi Alcolumbre (DEM-AP) e não será nenhuma surpresa se alguma pauta-bomba econômica for aprovada nas próximas semanas.
Já nos EUA, após os resultados de hoje, espera-se que a disputa fique entre Bernie Sanders e Joe Biden – acirrando, finalmente, a corrida entre os democratas.
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