Um giro por Brasília
Temos algumas novidades vindo de Brasília nesta quarta-feira. Após a boataria de que Paulo Guedes poderia se demitir, Bolsonaro e o ministro-chefe da Casa Civil, general Braga Netto, trataram logo de colocar panos quentes na história. Ambos afirmaram que o economista fica até o último dia de governo e que não há nenhum motivo para a sua saída.
No Congresso, líderes partidários vão terminando de indicar os parlamentares para a comissão mista da reforma tributária. Até o momento, já foram elencados 34 nomes (16 senadores e 18 deputados). A comissão terá 50 membros, divididos igualmente entre as duas Casas Legislativas, e deve ser instalada até o fim de fevereiro.
Ainda no âmbito legislativo, Câmara e Senado disputam o protagonismo sobre o projeto de lei que confere autonomia ao Banco Central, com novas regras para nomeação e demissão do presidente e dos diretores. Ontem mesmo, o Senado aprovou texto sobre o tema na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e o colocou em regime de urgência, significando que a matéria pode ser votada já hoje no plenário da casa. A resposta veio após o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), prometer a votação da proposta na Câmara após o Carnaval.
Os mercados não devem reagir negativamente à ideia de que Guedes pode deixar o governo, por entender que a possibilidade não passa de um boato. Com relação à tramitação dos projetos, como dizem por aí: o ano só começa, de fato, após o Carnaval. No entanto, é preciso se atentar bastante ao ritmo que será adotado sobre as reformas, principalmente a tributária. Já sobre a autonomia do Banco Central, espera-se um desfecho harmônico após a divergência entre as duas Casas – os senadores continuam incomodados com a sensação de que o Senado é apenas um “carimbador” dos projetos aprovados na Câmara.
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