Nem o feriado da última sexta-feira (9) foi capaz de apaziguar os ânimos em Brasília.
O presidente Bolsonaro voltou a endurecer o discurso contra outros Poderes ao criticar a CPI da Covid-19 e o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), presidido atualmente pelo ministro do STF, Luís Roberto Barroso.
As declarações fortes do presidente – de que as eleições de 2022 já estariam manipuladas, que ele não deve satisfação à “CPI picareta”, entre outras – levaram a uma reação à altura de autoridades políticas.
Os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), condenaram a atitude do presidente e reiteraram o compromisso do Legislativo com a estabilidade, enquanto ministros do STF repudiaram os ataques ao colega de corte.
Ao mesmo tempo, o Congresso Nacional entra em sua última semana antes do recesso parlamentar, que deve ocorrer entre o dia 17 de julho e 1º de agosto.
Para que o recesso ocorra, deputados e senadores deverão aprovar a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), mas há um esforço conjunto para que o projeto tramite com rapidez.
Nesta segunda (12), por exemplo, a CMO (Comissão Mista de Orçamento) votará o parecer preliminar da proposta e a expectativa é de aprovação.
Entre quarta (14) e sexta (16), a CMO vota o parecer final e encaminha para o Plenário do Congresso para deliberação dos parlamentares.
Além disso, a agenda da Câmara também traz temas relevantes para o mercado: na terça-feira (13), o projeto de lei que limita os “supersalários” do funcionalismo público deve ser votado e aprovado pelos deputados.
No mesmo dia, espera-se parecer da segunda fase da reforma tributária, que versa sobre tributos de renda, por meio do relatório do deputado Celso Sabino (PSDB-PA).
Por fim, a CPI da Covid segue com seus trabalhos e deve ouvir outros supostos envolvidos na compra ilegal de vacinas.
Estão na lista de convocados para depor os nomes de Emanuela Medrades, representante da Precisa Medicamentos; Marcelo Blanco, tenente-coronel e ex-assessor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde; e Cristiano Hossri Carvalho, representante da Davati no Brasil.
E Eu Com Isso?
A semana começa com tudo na política e deve fazer preço nos pregões seguintes.
O presidente Bolsonaro voltou a abrir sua caixa de ferramentas – coisa que não fazia há algum tempo – para elevar a tensão política e tentar reaquecer suas bases, haja vista a queda de sua popularidade nas recentes rodadas de pesquisa.
Fique atento aos novos desdobramentos.
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