A Dexco (DXCO3) divulgou na noite de ontem (09) seus resultados referentes ao 4T21 e ao fechamento do ano de 2021. A companhia continuou a apresentar resultados fortes no 4T21, com destaque para a geração de caixa, que fechou o ano de 2021 com R$ 900 milhões de caixa operacional, uma conversão de mais de 40%.
A Dexco registrou uma receita líquida de R$ 2,3 bilhões no 4T21, uma alta de quase 20% em relação ao 4T20. Mesmo operando com níveis menores de estoque comparado ao ano anterior, a companhia conseguiu apresentar um crescimento considerável na receita, devido a um repasse de preços ao consumidor (possível graças ao bom momento do setor) e a uma melhora de mix, que permitiu o foco na venda em produtos com maior valor agregado. No ano de 2021, o crescimento da receita foi de quase 40%.
O custo caixa do 4T21 foi de 1,3 bilhão, o que significou um crescimento de 21% quando comparado ao mesmo período do ano anterior. Essa alta se deveu principalmente a uma pressão de custos dos insumos, em especial àqueles atrelados à produção de resina (metanol e ureia) e da alta nos preços do gás natural.
A melhor base de preços e mix permitiu a evolução 29,1% do Lucro Bruto proforma no 4T21 e de 53,8% no ano em relação aos mesmos períodos de 2020, o que contribuiu para a companhia encerrar o 4T21 com uma margem bruta de 35%, alta de quase 3 pontos percentuais.
A companhia fechou o 4T20 com um EBITDA ajustado e recorrente de R$ 588 milhões, um crescimento de quase 14%, mas que significou uma compressão de 80 bps na margem bruta. No ano de 2021, o EBITDA teve uma alta de quase 70% e a margem bruta expandiu em quase 5 pontos percentuais. Essa compressão de margem foi resultado de uma alta considerável nas despesas com vendas no trimestre nas divisões Deca e Revestimentos Cerâmicos.
Por fim, a companhia teve um lucro líquido ajustado de 400 milhões, uma alta de 40% em relação ao 4T20. No ano, a companhia teve um lucro recorde de R$ 1,1 bilhão, o que representou uma alta de 20 pontos percentuais. no ROE.
E Eu Com Isso?
A Dexco continua a surfar no bom momento do setor de materiais básicos para o final do ciclo de construção e de reformas em casa. No entanto, já é possível ver uma alta mais relevante nos custos dos insumos, principalmente no gás e na resina, além da alta considerável no SG&A, que pode ser malvisto pelo mercado.
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