O Magazine Luiza (MGLU3) apresentou seus resultados do 2T21 nesta quinta-feira (13), após o fechamento do mercado. Os números vieram fortes, com a companhia mantendo o ritmo de forte crescimento e com aumento substancial da rentabilidade.
Os principais destaques positivos foram: i) crescimento forte de vendas em todos os canais, em especial no físico e no varejo digital direto (1P); ii) taxa de crescimento das vendas online três vezes superior ao do mercado, o que significa ganhos de participação de mercado e iii) crescimento anual de 209,3 por cento do Ebitda ajustado.
Não houve grandes destaques negativos no resultado. Porém, a margem bruta teve leve contração, principalmente devido à maior penetração das vendas digitais nas vendas totais da companhia, assim como no trimestre anterior.
As vendas brutas totais (GMV) foram de 13,7 bilhões de reais, 62,8 por cento a mais que no mesmo período de 2020, Com isso, a receita líquida foi de 8,2 bilhões de reais, aumento de 57,7 por cento na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior.
Enquanto o Ebitda ajustado, métrica utilizada para medir o potencial de geração de caixa da companhia foi de 455,4 milhões de reais, um aumento mais significativo de 209,3 por cento na comparação anual, devido também a um base de comparação enfraquecida pelos efeitos do covid 19 em 2T20. A margem Ebitda dobrou em relação ao número apresentado no mesmo trimestre do ano anterior.
Por fim, o lucro líquido ajustado foi de 95,5 milhões de reais, revertendo o prejuízo de 64,5 milhões no 2T20 com o auge dos efeitos negativos da pandemia para a companhia.
A companhia teve uma geração de caixa operacional de 401,8 milhões de reais no trimestre, encerrando o período com 3,8 bilhões de reais de caixa líquido e 6,1 bilhões de reais considerando os recebíveis.
E Eu Com Isso?
O resultado do Magazine Luiza foi bom e surpreendeu positivamente em termos de geração de caixa e Ebitda, porém o crescimento de receita foi abaixo do esperado. Mesmo com este ponto negativo, o crescimento nas vendas foi superior ao de suas principais concorrentes, Via (VVAR3) e Americanas (AMER3), por isso esperamos impactos positivos nas ações da companhia (MGLU3) no curto-prazo.
O varejo físico teve boa performance, com crescimento de vendas de 111,6 por cento na comparação com 2T20, enquanto Via (VVAR3) apresentou crescimento de 51 por cento e Americanas (AMER3) apresentou crescimento de 18,2 por cento no mesmo período. O indicador de Vendas Mesmas Lojas, que expurga as lojas inauguradas nos últimos 12 meses da comparação, apresentou forte alta de 102,2 por cento.
No e-commerce, as vendas totais tiveram crescimento de 46,4 por cento, enquanto Via (VVAR3) apresentou crescimento de 20 por cento e Americanas (AMER3) apresentou crescimento de 45,9 por cento no mesmo período.
A companhia também reforçou seu compromisso com seu plano de expansão, pretendendo atingir 1680 lojas e 450 Hubs e Centros de distribuição até final de 2023, ao final do 2T21, a companhia possuía 1339 lojas e 185 Centros de distribuição.
Para conseguir investir em seu plano de expansão, o Magalu realizou um follow-on para captar 4 bilhões de reais e também anunciou sua maior aquisição da história, a Kabum, uma plataforma de e-commerce especializada em tecnologia e games, a companhia teve receita bruta de 3,4 bilhões de reais nos últimos 12 meses.
Apesar do cenário cada vez mais competitivo, enxergamos uma performance superior por parte do Magazine Luiza, conseguindo apresentar crescimento maior que seus pares. acreditamos que o principal catalisador para as ações no curto-prazo do Magalu (MGLU3) é o anúncio de novas aquisições de relevantes, como o Kabum.
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