A Microsoft (MSFT) divulgou nesta terça-feira (27), após o fechamento dos mercados, seus resultados do terceiro trimestre do ano fiscal de 2021, equivalente ao primeiro trimestre de 2021. Os números vieram bons, um pouco acima do esperado em termos de receita líquida e de lucro por ação.
A receita líquida foi de 41,7 bilhões de dólares, aumento de 19 por cento na comparação com o 1T20 (16 por cento desconsiderando oscilações cambiais) e 1,5 por cento acima das expectativas. O destaque foi mais uma vez o segmento de Inteligência em nuvem, com crescimento acima da média dos demais segmentos.
Margens: a margem bruta foi constante frente ao 1T20. Contudo, a margem operacional (Ebit) foi de 41 por cento, 3,8 pontos percentuais de aumento. Os ganhos de margem são de magnitude parecida ao observado nos últimos 3 trimestres.
O lucro por ação (Non Gaap) foi de 1,95 dólares por ação, crescimento de 39 por cento na comparação anual. A geração de caixa livre (diferença entre o caixa gerado pelas operações e os investimentos em bens de capital) foi de 17,09 bilhões de dólares, aumento de 24 por cento. Destes, a companhia distribuiu 10 bilhões de dólares, sendo 5,8 bilhões em recompra de ações (0,3 por cento do seu valor de mercado).
E Eu Com Isso?
O resultado da Microsoft veio bom e um pouco acima do esperado. Contudo, como não foi entregue nenhuma grande surpresa nos números e o mercado, especificamente nesta janela de resultados, está bastante exigente, esperamos impacto negativo no preço das ações no curto prazo.
A previsão (guidance) de receitas para o próximo trimestre foi divulgada durante a conferência de resultados. As projeções são animadoras, com exceção de Computação Pessoal, na qual é aguardada uma desaceleração relevante nas receitas do 4T21.
Espera-se receita em Produtividade e Processos entre 13,8 e 14,05 bilhões de dólares (crescimento de 18,7 por cento, considerando o meio da faixa); Inteligência em nuvem entre 16,2 e 16,45 bilhões de dólares (crescimento de 22 por cento) e Computação Pessoal de 13,6 a 14 bilhões de dólares (crescimento de 6,7 por cento).
Neste trimestre, todos os três segmentos apresentaram crescimentos interessantes nas receitas: Produtividade e Processos, em que está o Office, por exemplo, cresceu 12 por cento e 3,7 pontos percentuais na margem operacional. Inteligência em Nuvem, segmento da Microsoft Azure, cresceu mais: 20 por cento, com ganhos de margem de 5,4 pontos percentuais. A Computação Pessoal aumentou suas receitas em 16 por cento e 2,3 pontos percentuais na margem. As variações desconsideram a variação cambial para melhor efeito comparativo.
Assim como Google, os ventos seguem favoráveis para a Microsoft: digitalização dos negócios (capturado pela Azure), venda de dispositivos (desde o sistema operacional Windows, até softwares como o Office e os games, com Xbox). Linhas menos relevantes no mix como publicidade e até mesmo o LinkedIn seguem desempenhando bem, crescendo a taxas robustas.
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