A Petrobras divulgou, nesta quinta-feira (22), após o fechamento do mercado, seu Relatório de Produção referente ao segundo trimestre de 2021.
A petroleira produziu 2,8 milhões de barris de petróleo equivalente (boed) no 2T21, correspondente a um crescimento de 1,1% em relação ao 1T21 por conta da continuidade do ramp-up das plataformas P-68 (campo de Berbigão e Sururu) e P-70 (campo de Atapu). Já em relação ao mesmo período de 2020, houve uma leve queda de 0,1%.
A plataforma P-70 que opera no pré-sal da Bacia de Santos, atingiu sua capacidade máxima de produção permitida no dia 18 de julho, com 161 mil barris produzidos no dia.
A produção do pré-sal foi de 1,96 milhões de boed, correspondendo a 70% do total da produção, um crescimento de 1% em relação ao 1T21 e de 4% em relação ao mesmo período do ano passado.
A Petrobras destacou ainda que no mês de junho foi dado início a operação integrada das Rotas 1 e 2 de escoamento de gás da Bacia de Santos, nas proximidades do FPSO Cidade de Angra dos Reis (navio-plataforma responsável pela produção, armazenamento e transferência de petróleo e gás) possibilitando maior flexibilidade em decorrência da melhor distribuição das unidades de produção conectadas ao sistema e potencializando a oferta de gás.
O refino apresentou números ligeiramente abaixo do 1T21, com nível de utilização da capacidade de 75%, uma queda de 0,7 pontos percentuais na comparação trimestral.
O Diesel e a Gasolina mantiveram o volume de produção relativamente estáveis, porém os demais produtos como Nafta, Querosene de Aviação e Óleo Combustível puxaram a produção um pouco para baixo
Já o volume de vendas total apresentou uma alta de 12,9% em relação ao trimestre anterior, com destaque para o crescimento nas exportações de petróleo e derivados apresentando alta de 34,9% em relação ao 1T21.
As vendas de derivados no mercado interno também cresceram 5,5% na comparação trimestral.
E Eu Com Isso?
A Petrobras apresentou um bom desempenho operacional, com destaque no crescimento das vendas, superando a produção em alguns produtos, o que representa uma diminuição de estoque e possível melhora na geração de caixa.
Em relação às exportações, estas tiveram um aumento de 8% na comparação com o mesmo período de 2020, tendo exportado 743 mil barris por dia no 2T21. Na comparação com o 1T21, esse crescimento foi de 45,4%.
Em relação às exportações, a estatal informou ainda que ampliou sua base de clientes no segundo trimestre do ano, além de expandir as vendas de petróleo para a Europa, América Latina, Estados Unidos e Índia.
Combinando o bom desempenho operacional com o cenário de preços mais elevados em relação ao primeiro trimestre deste ano, a companhia deve apresentar bons números finais para este trimestre.
Assim, esperamos um impacto positivo nas ações da companhia (PETR3/PETR4) no curto prazo.
A Petrobras destacou que assinou um Acordo de Coparticipação de Búzios, com a Pré-sal Petróleo S.A. (PPSA) e com as parceiras CNODC e CNOOC.
Sendo que com o início da vigência do acordo, a participação na jazida de Búzios será 92,66% da Petrobras, 3,66% da CNODC e 3,66% da CNOOC.
No tocante aos problemas com precificação do combustível e manifestação dos grupos de pressão (caminhoneiros, por exemplo), a decisão da OPEP+ de aumentar a produção aliviou o risco de uma alta mais forte de preços de combustíveis aqui no Brasil, com os preços do Petróleo arrefecendo no mercado internacional.
Porém o ambiente de câmbio mais alto, devido a instabilidades no Brasil e a retomada mais forte da economia com a reabertura, ainda mantém o alerta de alta de preços de combustíveis por aqui podendo desencadear alguma medida populista e penalização do balanço da Petrobras.
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