A Rede D’Or (RDOR3) anunciou na noite da quinta-feira, 08 (véspera do feriado no Estado de São Paulo, que manteve a Bolsa fechada por aqui) a compra de 51% do Proncor Unidade Intensiva Cardiorrespiratória, um dos maiores hospitais de Campo Grande, marcando assim sua entrada no Mato Grosso do Sul.
A operação foi realizada através do Hospital de Clínicas Antônio Afonso, unidade afiliada da Rede D’Or.
De acordo com o Fato Relevante, o valor da totalidade do Proncor é de R$ 290 milhões. Deste valor será efetuada a dedução do endividamento líquido da empresa.
A projeção de Ebitda (lucro antes de impostos, amortização e depreciação) do Proncor para 2022 é de R$ 32,5 milhões, considerando parte das sinergias incorporadas.
O Proncor é considerado referência em Campo Grande e conta com 136 leitos para atendimento dos seus pacientes.
Em média, a companhia tem pagado um valor de R$ 2,2 milhões por leito, abaixo da expectativa do mercado que é de R$ 3 milhões por leito.
Além disso, a maior parte das aquisições incluem imóveis, um ponto importante da transação, pois dá a empresa a possibilidade de levantar capital em cima destes ativos futuramente.
E Eu Com Isso?
Apesar do porte da aquisição não ser tão relevante (cerca de 1% do total de leitos da companhia), a aquisição marca a entrada da Rede D’Or no Mato Grosso do Sul, décimo segundo Estado que ela irá atuar (recentemente a companhia também fez aquisições em Minas Gerais e na Paraíba).
Isso somado ao valor por leito abaixo do esperado deve causar impacto positivo nas ações da companhia (RDOR3) no curto prazo.
Ademais, a Rede D’Or tem se mostrado forte no mercado de aquisições, desde que estreou na Bolsa em dezembro do ano passado, com várias operações recentes, como a aquisição do Hospital Serra Mayor em junho, do Hospital Balbino em maio e do Hospital Nossa Senhora das Neves em abril.
Com a aquisição, a Rede D’Or ultrapassa a marca de 1600 leitos adicionados de maneira inorgânica.
Vale lembrar também que a empresa movimentou R$ 11,39 bilhões em seu IPO, considerado um dos maiores da história da Bolsa brasileira, além de ter levantado R$ 1,78 bilhão em seu follow-on realizado em maio.
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