Presidente da Petrobras nega pressão por preço (PETR3, PETR4)
Em reunião na sede do Ministério de Minas e Energia com o presidente Jair Bolsonaro e o ministro Bento Albuquerque, o atual presidente da Petrobras (PETR3, PETR4), Roberto Castello Branco, negou que tenha sido pressionado pelo governo para intervir no preço dos combustíveis. Ele ainda declarou que recebeu “manifestações do presidente e do ministro de total respeito à lei”, referindo-se à liberdade na política de preços.
A respeito da forte influência da companhia no mercado de refino, ele afirmou que o movimento de desinvestimento nos parques está em curso, reduzindo sua fatia de mercado de 98 por cento para 49 por cento ao longo deste ano e de 2021, em acordo com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para evitar multas. Ademais, das oito refinarias em venda, ele espera receber nos próximos dias ofertas não-vinculantes pela refinaria Isaac Sabbá (Reman), no Amazonas, lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste (Lubnor), no Ceará e Unidade de Industrialização do Xisto (Six), no Paraná. Já existem propostas não vinculantes para outras cinco refinarias, recebidas em novembro de 2019.
A venda das refinarias representa a continuidade do programa de desinvestimento da estatal, com vistas a melhorar a geração de caixa, a reduzir as dívidas e a concentrar as atividades na parte de extração e produção do pré-sal.
E Eu Com Isso?
No curto prazo, a notícia é positiva para as ações da Petrobras pois representa uma mitigação do risco de interferência do governo na empresa. Ou seja, ela terá aval para repassar o preço maior do petróleo praticado no mercado internacional. Porém, joga contra o grande volume de vendas das ações a ser realizado até o próximo mês, quando o BNDES irá se desfazer das suas participações.
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